Vôlei masculino perde para russos e vai disputar o bronze nos Jogos Tóquio 2020

Time brasileiro disputa a medalha de bronze no sábado, dia 7, às 13h30 do Japão (1h30 no horário de Brasília)

(Foto: Wander Roberto/COB)

A seleção masculina de vôlei foi derrotada pelo COR (Comitê Olímpico Russo) por 3 a 1 (25/18, 21/25, 24/26 e 23/25) na semifinal dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 nesta quinta-feira, dia 5.

O time vai em busca do bronze no sábado, dia 7, às 13h30 do Japão (1h30 no horário de Brasília) contra o perdedor do jogo entre França e Argentina, que se enfrentam na outra semifinal, às 21h (9h no horário de Brasília).

Para os jogadores e para o treinador Renan Dal Zotto, o pódio olímpico no Japão é importante para manter a tradição de conquistas da modalidade que já conta com 10 medalhas olímpicas.

“Buscar o bronze significa um pódio olímpico, uma medalha olímpica, poucos atletas no mundo têm condições de conseguir um feito desse. O vôlei brasileiro sempre representou muito o país, levando medalhas, e acho que é nossa obrigação chegar dentro de quadra e colocar tudo que temos para conquistar essa medalha”, disse o central Lucão.

“Por mais difícil que seja, temos que apagar isso (a derrota de virada para a Rússia). O bronze conta muito pra gente. Sabemos o quanto a gente merece, quanto a gente trabalha, se dedica. Então, vamos entrar com a faca nos dentes como se fosse o ouro. Não temos tempo para lamentar”, disse o levantador Bruninho, um dos remanescentes do time campeão olímpico dos Jogos Rio 2016.

“O desafio do Brasil é estar sempre entre os melhores, tem que estar no pódio. Temos dois dias para voltar para a quadra, trabalhar, ver quem vai ser o adversário da disputa do bronze. Eu já passei por uma experiência em 88, de perdermos a medalha do bronze, e esse sim é um gosto amargo. Vamos buscar essa motivação. Todos têm experiência suficiente. Vamos viver esse luto por algumas horas, mas depois virar a chave e buscar o bronze”, afirmou Renan.

O jogo
O Brasil começou a partida muito bem, evitando o bloqueio russo mais na técnica do que na força e com a defesa funcionando. O time abriu vantagem e fechou o set em 25 a 18. Destaques para Leal e Lucarelli virando muitas bolas. Mas na segunda parcial, a Rússia conseguiu corrigir as falhas e dominou o placar para fechar em 25 a 21.

No terceiro set, a partida ficou muito equilibrada, com troca de pontos até a metade do set, quando o Brasil voltou a crescer e abriu uma boa vantagem, que chegou a ser de oito pontos (20 a 12). Mas os russos melhoraram depois de um pedido de tempo e conseguiram quatro pontos seguidos, encostando no placar. O Brasil recuperou e teve 23 a 19, mas voltou a errar muito. O time russo aproveitou e fechou em 26 a 24.

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O quarto set foi equilibrado, com uma pequena vantagem russa de dois pontos em quase toda a etapa. Até que o Brasil, depois de dois erros russos, empatou em 18 a 18, igualdade que persistiu até 22 a 22, quando a Rússia passou à frente novamente depois de um ataque para fora de Wallace, que tentou explorar o bloqueio. O placar final foi 25 a 23.

“Eles se adaptaram bem à nossa forma de jogar, e a gente não conseguiu mudar novamente. A gente tentou, maior orgulho desse time é que a gente não desistiu do jogo em nenhum momento. Ficamos focados até o final, mas eles conseguiram abrir. O quarto set foi bem disputado, decidido nos detalhes”, analisou o oposto Wallace.

“Difícil fazer uma análise nesse momento. Criamos uma oportunidade no terceiro set. Os russo trocaram o bloqueio, defenderam muito bem, tiveram os méritos deles. Não conseguimos aproveitar e finalizar o ponto. Busquei a segurança com o Leal, que estava virando tudo. Demos azar numa bola que levantei com uma mão e, na última hora, um cara chegou no bloqueio. Depois, ele atacou uma pra fora, que é difícil de acontecer. O cara defendeu uma bola sem bloqueio do Wallace num contra-ataque. É claro que isso de certa maneira influencia pra depois. Mas no quarto set, a equipe foi valente, lutou, mas o saque não entrou tão bem, eles foram mais felizes e ganharam”, disse Bruninho.

“É uma coisa que não pode acontecer (tomar a virada no terceiro set) hoje em dia, com a gente jogando em alto nível de vôlei. Eles cresceram muito no terceiro set e depois dificultaram nosso jogo. Nós tínhamos o jogo na mão, tínhamos que ter ganhado o terceiro set e o jogo seria diferente. Mas eles ganharam saindo de seis ou sete pontos atrás e pegaram a confiança. No quarto set, eles jogaram muito bem, praticamente não erraram. Não estamos felizes por perder uma semifinal, mas agora temos que descansar e voltar para jogar a disputa do bronze como se fosse uma final”, analisou Leal, destaque do Brasil no jogo com 18 pontos.

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