O hipismo brasileiro está classificado para a final por equipes do salto na Olimpíada de Tóquio (Japão). Na sexta-feira (6), o trio formado por Marlon Zanotelli, Pedro Veniss e Rodrigo Pessoa terminou a eliminatória na oitava colocação.
Os dez melhores times, entre 19 participantes, habilitaram-se à briga por medalhas, que será neste sábado (7), às 7h (horário de Brasília), novamente no Centro Equestre da capital japonesa.
Montando Edgar M, o cavaleiro Zanotelli foi o primeiro brasileiro a encarar o percurso, sem faltas. Na sequência, Veniss e o cavalo Quabri d L’Isle derrubaram um dos 14 obstáculos, recebendo uma punição de cinco pontos.
Medalhista de ouro na Olimpíada de Atenas (Grécia), em 2004, na disputa individual, Pessoa foi o último brasileiro a competir. O parceiro equino, Carlito’s Way, teve dificuldades no percurso, chegando a recuar em um dos obstáculos antes de saltá-lo. O trio, portanto, teve 25 pontos deduzidos. Nenhum do Zanotelli, cinco do Veniss e 20 do Pessoa.
“O Carlitos ficou muito tenso e nervoso na pista, assustado com os obstáculos. Ele reagiu algumas vezes, mas eu sabia que tinha uma boa margem para passar para o segundo percurso. Tive que levar ele com firmeza e não foi muito agradável, mas eu tinha que seguir pela equipe e levá-lo até o final. Tenho certeza que nosso chefe de equipe [o suíço Philippe Guerdat] vai voltar a colocar o Yuri [Mansur, finalista individual do salto], que monta um cavalo com mais experiência para poder brigar por uma medalha, comentou Pessoa, ao site da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH).
A equipe da Suécia foi a melhor da eliminatória, sem pontos perdidos, seguida por Bélgica e Alemanha (ambas com quatro pontos deduzidos). Além delas e do conjunto brasileiro, também avançaram à final os times de Suíça, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda e Argentina. Vale lembrar que, na final, a pontuação é zerada e todos iniciam com a mesma chance de medalha.
O Brasil já conquistou duas medalhas de bronze na história olímpica do hipismo de saltos por equipes. Tanto nos Jogos de Atlanta (EUA), em 1996, como nos de Sydney (Austrália), em 2000, o feito foi alcançado por Rodrigo Pessoa, Doda Miranda, André Johannpeter e Felipe de Azevedo.