publicidade
𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Cadeia produtiva de gado de corte conhece tecnologia da APTA para produção de novilhas precoces

Os estudos, que resultaram em uma entrega tecnológica da APTA neste ano para o setor produtivo, serão apresentados à Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM) em 12 de agosto de 2021. (Foto: divulgação)

A cadeia produtiva de gado de corte brasileira passa a ter acesso a tecnologia desenvolvida pela APTA Regional de Colina, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, para a produção de novilhas em tempo 40% mais rápido. Os estudos, que resultaram em uma entrega tecnológica da APTA neste ano para o setor produtivo, serão apresentados à Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM) em 12 de agosto de 2021.

“Divulgar essa pesquisa em uma reunião com todos os associados da ASBRAM é muito importante para fazermos os resultados inéditos de nossas pesquisas chegarem em todos os elos da cadeia produtiva da pecuária. Temos também feito eventos online e diversas ações com a imprensa especializada para levar esse conhecimento aos produtores rurais e a todos os usuários de nossas pesquisas”, conta Flavio Dutra de Resende, pesquisador da APTA Regional de Colina. A ASBRAM reúne 70% das indústrias brasileiras produtoras de suplementos para a pecuária em todo o território nacional.

A APTA Regional de Colina trabalha no desenvolvimento de um sistema de produção em que as bezerras desmamadas aos 7/8 meses com 170 kg atinjam 300 kg aos 14/15 meses de idade, momento que estariam prontas para ficarem prenhas – tempo 40% mais rápido do que a média alcançada pelos produtores brasileiros, que conseguem emprenhar as novilhas aos 24 meses. De acordo com os pesquisadores, o ciclo de produção mais rápido, reduz os custos da criação dos animais nas fazendas.

A produção precoce é alcançada com a utilização estratégica de suplementação na alimentação dos animais, logo após o desmame. Ao todo, estão em teste três tipos de tratamento: o confinamento dos animais, denominado confinamento de recria, e dois níveis de suplementação diferentes. “Sabemos que o sistema é vantajoso, mas ainda é necessário finalizar os testes e também o estudo econômico, que varia dependendo do local da fazenda. Uma propriedade instalada em São Paulo terá custo de produção diferente do que uma propriedade em Rondônia. Tudo isso precisa ser avaliado também pelo produtor”, explica o pesquisador da APTA Regional.

Resende afirma que o papel dos pesquisadores envolvidos no projeto é fazer o pecuarista ganhar dinheiro. “Se ele trabalhar com a máxima eficiência na nutrição, conseguirá produzir um animal jovem, apto em entrar em reprodução precocemente e, aquelas novilhas que não emprenharem, ao serem abatidas pesadas e bem acabadas, alcançarão melhor remuneração por isso”, diz.

Fêmeas precoces para o mercado gourmet

As fêmeas que apesar de atingir o peso necessário não conseguirem emprenhar também podem ser usadas para aumentar os lucros dos produtores. A APTA desenvolve trabalho para engorda desses animais para um abate precoce, favorecendo a venda da carne no mercado gourmet.

Segundo Resende, as fêmeas têm mais facilidade para deposição de gordura, uma característica importante para esse nicho de mercado. “Por terem essa facilidade, podemos engordar com suplementação as fêmeas que não emprenharam, abatendo esses animais também jovens, com 19 meses. Enquanto a picanha de um boi de 23 arrobas ultrapassa 2 kg, essa novilha dá uma peça de 900 g a 1,1 kg, que é um tamanho de corte adequado, com nível de acabamento diferenciado. É a carne que o brasileiro mais gosta de comprar”, afirma.

O sistema de produção de novilhas precoces é uma das entregas tecnológicas dos Institutos de Pesquisa ligados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP. As entregas fazem parte de um programa do Governo do Estado de São Paulo, que coloca como meta a disponibilização de 150 soluções tecnológicas pela APTA até 2022. Só neste ano, serão mais de 50 nas áreas de agricultura, pecuária, sanidade animal e vegetal, pesca e aquicultura, economia e processamento de alimentos.

𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Botão Voltar ao topo