A cidade de Pardinho (SP) foi palco da oitava edição da Road Brasil Ride. Em ambas as disputas (masculina e feminina) da prova principal, os vencedores foram definidos no sprint final. Entre os homens, melhor para Jailson Diniz, faturando o bicampeonato do evento (2019/2021). Na prova feminina, o título ficou com Lais Saes, ciclista que já havia sido campeã do Warm Up Pro do Festival Brasil Ride em 2017.
Ciclista profissional há 17 anos, Jailson Diniz competiu pela quarta vez a Road Brasil Ride, repetindo o excelente resultado de dois anos atrás. “Bem no início já estave na ponta, mas procurei manter um ritmo sem forçar tanto. Ficamos em um bloco de quase dez ciclistas. Após a segunda subida, escapei e fui sozinho até o primeiro retorno, quando vi que os adversários estavam fortes e preferi esperá-los”, disse Jailson, de 33 anos.
“Estivemos juntos boa parte do tempo, houve outros ataques e andei mais 15 km sozinho, para pedalar junto com o Michel Amador. O pelotão veio, chegou na gente e daí para frente sabia que a decisão ficaria para o sprint final”, comentou o campeão. “Estou muito feliz. Foram três meses intensos de treinamento e investimento, como viagens de training camp. Foi muito gratificante repetir essa vitória aqui”, finalizou o ciclista nascido em Jurema (PE), mas que mora na capital paulista.
Jailson Diniz venceu a prova ao completar 90 km em 2h27min52seg381, seguido muito de perto por Vicente Zippinotti (2h27min52seg421), Guilherme Couto (2h27min52seg454) e Antoniel da Silva (2h27min52seg908). O vice-campeão, Vicente, de apenas 19 anos, comemorou bastante o resultado e elogiou a prova. “Foi uma prova sensacional. Percurso que seleciona bastante os atletas. Logo no começo definiu o pelotão e fomos apertando com alguns ataques, até o sprint vencido pelo Jailson”, contou.
Campeão em 2020, Guilherme Couto reconheceu o peso de competir como vencedor da edição passada. “A prova foi muito dura, com o nível alto demais. Estava bem difícil de correr, porque eu estava com o numeral 1, de campeão da última edição, ou seja, os adversários não saíam de perto de mim em momento nenhum. Deu para garantir um lugar no pódio, então para mim está bom demais”, contou Guilherme.
Disputa feminina – Entre as mulheres, a disputa também foi definida por décimos de segundos, com a experiente Lais Saes levando o título em 2h51min08seg342. Ela cruzou a linha de chegada junto da ciclista Bianca Beazin, que finalizou sua prova em 2h51min08seg733. O top 3 teve ainda Valéria Ciarnuto, em 2h55min03seg277.
“Depois de quatro anos voltei a vencer uma prova do Tour Brasil Ride. Estava querendo muito essa vitória”, comentou Lais. “Logo na largada eu dei uma afogada já na subida, porque no início são cinco quilômetros que cansam bastante. Estava mentalizando que precisava andar bem e sabia que a Bianca estava logo à minha frente, porque nos retornos a gente se cruzava. Estive em um pelotão com bom ritmo e, faltando cinco quilômetros, avistei ela e pensei que ali era tudo ou nada. Foi legal demais o final, decidindo no sprint”, completou.
“Já havia competido na Road Santander Brasil Ride na primeira edição, há vários anos. É uma prova que exige bastante. Você tem que vir para ela bem preparado, senão vai sofrer muito porque é um sobe e desce constante. Fazemos muita força e colocamos muita força no pedal o tempo todo. A organização é excelente, o Mario Roma é sensac ional. Faz provas espetaculares. Não é a toa que o nível é internacional”, finalizou a vencedora.
Campeões na 70k – Vinicius Moretti foi o ciclista mais rápido a completar os 75 km da disputa mais curta do evento, em 2h11min09. Fabio Gallotti e Anderson Paniguel completaram o top 3, com os tempos de 2h11min20 e 2h12min57, respectivamente. No feminino, a vencedora no geral foi Daniela de Oliveira, em 2h37min17, à frente de Lucinei Marega e Yassmin Syagha, em 2h40min33 e 2h43min48, respectivamente.