As Forças Especiais (FE) são formadas por militares designados a cumprir missões de alto risco. No dia 8 de outubro, 80 operadores militares – como são chamados os homens que integram as FE – finalizaram treinamento em Itacoatiara, no Amazonas.
A capacitação, que teve início em 27 de setembro, é inédita e teve foco na padronização e no nivelamento de procedimentos entre os militares das três Forças. O treinamento conjunto de ações diretas contra alvos em ambiente de selva abrangeu intercâmbio de conhecimentos em ações táticas em contato com o inimigo, tiro em combate, entre outros temas.
“Cada Força tem sua cultura operacional própria e um dos desafios é padronizarmos procedimentos. A interoperabilidade é a palavra que define a atuação das três Forças em uma missão em prol *do nosso País”, salientou o Comandante de Forças Especiais do Exército no adestramento, Tenente-Coronel C. R. V. C.
A simulação de ataque a uma base estratégica inimiga marcou a finalização do exercício conjunto, com o uso de helicóptero, aeronave e navio. A atividade ocorreu em Itacoatiara, localizada a 470 km de Manaus. Em meio à floresta amazônica, os militares lidam com o calor e a umidade intensos e com os desafios de percorrer a vegetação selvagem. “Para missões como essa, algumas habilidades são essenciais, como resistência física, capacidade de conviver com o desconforto, cooperação, coragem e persistência”, sublinhou o Comandante de FE do Exército.
O Capitão de Corveta G. W., da Marinha, reforça que o aprendizado entre os militares é intenso durante o treinamento. “A gente consegue explorar as capacidades de cada Força. As da Marinha, de percorrer os rios; as do Exército, de grande permeabilidade no terreno da Amazônia; e as da Força Aérea, com os meios aéreos”, disse ele.
O componente da Aeronáutica, Capitão A. S., pontuou a parte teórica do exercício. “Aperfeiçoamos conhecimentos em tiro tático e tiro de caçador, entre outros temas. Também, apresentamos as capacidades que a Força Aérea possui e que podem ser empregadas em ambiente de selva”, explicou.
Participaram do treinamento militares do Grupo de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) e do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, Batalhão Tonelero, ambos da Marinha; do Destacamento de Ações de Comandos e do Destacamento de Forças Especias, do Exército; e do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (Parasar), da Aeronáutica.
Os nomes dos operadores especiais não são expostos devido ao sigilo em torno do treinamento.