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Brasil aumenta capacidade de enriquecimento de urânio

Inauguração da 9ª cascata de ultracentrífugas da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio. (Foto: MME)

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB), órgão vinculado ao Governo Federal, inaugurou na sexta-feira (26) a 9ª cascata de ultracentrífugas da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ). Com o início de operação da cascata, será possível produzir 65% da demanda de recargas anuais da usina de Angra 1, um aumento de 5% em relação à capacidade atual.

A solenidade de inauguração contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que destacou o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro para ampliar e diversificar a matriz energética do país, considerada uma das mais limpas do mundo. Segundo ele, um exemplo apresentado a vários países durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, Escócia.

O ministro ressaltou ainda a importância dos investimentos para ampliar essa diversificação e enfrentar, por exemplo, situações como a recente falta de chuvas no país. “Superamos a maior crise hidrológica que o país já vivenciou. Superamos porque temos competência, sabemos estabelecer a correta governança e também estamos dando continuidade a todos esses programas. Se nós não tivéssemos a energia nuclear, se não tivéssemos nossa matriz hidráulica que foi muito prejudicada pela crise, se não tivéssemos diversificado a nossa matriz, que hoje é composta basicamente por nove fontes, não teríamos superado esse desafio”, completou.

O Governo Federal investiu R$ 54 milhões na construção da 9ª cascata de ultracentrífugas e pretende entregar a 10ª até 2023. A inauguração faz parte da primeira fase de implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, um projeto em parceria com a Marinha do Brasil.

Segundo o presidente da Indústrias Nucleares do Brasil, Carlos Freire Moreira, a previsão é que a Fábrica de Combustível Nuclear possa tornar o Brasil independente e suprir, no futuro, toda a demanda por urânio das usinas de Angra 1, Angra 2 e, em breve, de Angra 3, ainda em construção. “Em seguida o nosso desafio será a implantação da Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio, que prevê a instalação de 30 cascatas de ultracentrífugas. Quando tudo estiver funcionando vamos atingir o patamar para atender Angra 1, 2 e 3”, explicou.

As usinas de Angra 1 e 2 são capazes de gerar energia suficiente para abastecer uma cidade com 3 milhões de habitantes.

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