O primeiro escalão do 13º contingente da Força-Tarefa Logística Humanitária da Operação Acolhida, proveniente dos comandos militares do Norte e do Nordeste do Exército, desembarcou em Roraima na última semana. Os 523 militares assumem a missão no dia 14 de fevereiro, nas cidades roraimenses de Boa Vista e Pacaraima, além de Manaus, no Amazonas, para atuarem por cerca de cinco meses no ordenamento da fronteira, na recepção dos imigrantes e na interiorização dos venezuelanos. A ação projeta o país no cenário internacional de concerto entre as nações.
No rodízio de equipes, o grupo substitui o 12º contingente, composto pelo Comando Militar do Leste, que estava ativo na Operação desde o dia 3 de setembro do ano passado. Até o momento, mais de 280 mil venezuelanos foram regularizados no Brasil, sendo que mais de 65 mil deles foram interiorizados em mais de 700 municípios.
Reconhecimento Internacional
O apoio da Defesa e das Forças Armadas na realização da Operação Acolhida conta com reconhecimento internacional. Em janeiro, o representante adjunto do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Federico Martinez, considerou que o trabalho tem sido “exemplar e muito efetivo para preservar a dignidade das pessoas venezuelanas e para facilitar seu processo de integração local nas comunidades receptoras, cooperando de forma harmônica com foco nos fins humanitários”.
Apoio Humanitário
A resposta brasileira ao fluxo migratório venezuelano é uma missão interagências criada pelo Governo Federal em 2018, que envolve a participação de 12 ministérios, organismos internacionais e organizações da sociedade civil. O Ministério da Defesa realiza o apoio logístico e operacional às atividades, além de coordenar o trabalho da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.