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Entretenimento: o que é cultura do cancelamento e casos recentes de cancelamento

(Imagem: reprodução)

Desde que o mundo é mundo as pessoas são julgadas, mesmo que não intencionalmente, a partir de suas atitudes, decisões, visões de mundo e posturas pessoais. Contudo, com a globalização e o avanço da tecnologia, há praticamente um tribunal na Internet que julga e retalia pessoas, geralmente famosas, que cometem gafes ou pronunciam absurdos.

No entanto, a cultura do cancelamento pode ser muito perigosa, visto que muitas vezes esse julgamento ocorre de maneira equivocada e motivada por interesses pessoais.

O assunto anda tão em alta no Brasil, principalmente após a edição passada do Big Brother Brasil, que diversos vestibulares já até cobraram redações sobre a cultura do cancelamento em suas provas.

Um grande exemplo de artista famoso cancelado, que por sinal rendeu até um documentário, foi o caso de Karol Conká, que esteve presente na edição de 2021 do BBB.

Na ocasião, Karol foi severamente julgada e criticada por todo o Brasil devido às suas atitudes perante à outros participantes do Big Brother Brasil 21.

O cancelamento da artista foi tão significativo que Karol perdeu patrocínios de diversas marcas enquanto estava na casa e teve um prejuízo financeiro astronômico, motivados principalmente por suas atitudes na casa e o seu cancelamento virtual.

O ponto não é defender ou julgar os que sofrem o cancelamento, mas sim compreender o por quê este tipo de manifestação ocorre, o que é o cancelamento virtual e também suas consequências para quem o sofre.

Para isso, relembraremos um caso de cancelamento famoso ocorrido no ano passado e um mais recente, sendo que ambos tiveram consequências drásticas para o cancelado.

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Karol Conká e seu cancelamento por milhões de brasileiros

Karol Conká. (Foto: divulgação)

Já que começamos exemplificando a cultura do cancelamento através da rapper Karol Conká em sua passagem pelo BBB, por que não começarmos entendendo o cancelamento através deste caso?

O Big Brother Brasil é assunto entre a maior parte dos brasileiros, em bases diárias, enquanto o reality show está no ar. Em sua vigésima primeira edição, realizada no ano passado, o tema cancelamento esteve extremamente em alta.

Principalmente pelas atitudes da rapper Karol Conká perante aos outros brothers, que já até representaram o tema cultura do cancelamento para redação em provas de vestibular.

No reality, a rapper se mostrou uma pessoa extremamente diferente do que seria esperado pela maior parte do Brasil, visto que Karol é uma rapper e uma pessoa pública, relacionada com diversos outros artistas do meio.

Uma pessoa que sempre aparentou ser extremamente alegre e sempre ajudar o próximo, no reality se mostrou uma pessoa truculenta, impaciente e difícil de lidar ao longo dos meses de reclusão na casa.

A reação da Internet e dos telespectadores do reality show foi absurda, mediante às atitudes da rapper, que logo viu consequências reais de seu cancelamento virtual, como:

√ Perda de patrocínios
√ Prejuízos econômicos
√ Quebra de contrato com marcas
√ Cancelamento de shows e programas
√ Perda massiva de seguidores nas redes sociais

Após a saída de Karol do Big Brother Brasil 21, ela se retratou com a população através de entrevistas e conversas e até de um documentário, que mostrava os desafios enfrentados pela curitibana após o seu cancelamento.

Monark e o limite da liberdade de expressão

(Foto: Flow)

Avancemos para este ano e, há poucas semanas atrás, um dos apresentadores de um dos maiores podcasts do Brasil, o Flow Podcast, deu declarações extremamente polêmicas e que resultaram em uma cascata de consequências.

Em uma conversa com os deputados Kim Kataguiri e Tábata Amaral, Monark defende de maneira exacerbada o direito da existência de um partido nazista, para concorrência política de maneira democrática.

Logo no dia seguinte, após o papo de cerca de quatro horas com os deputados e com seu parceiro Igor 3K, Monark sentiu as consequências de seu discurso: os espectadores do podcast e toda a Internet de forma geral concordaram que o apresentador havia ido longe demais desta vez.

Monark já era conhecido por dar declarações polêmicas em seu podcast, especialmente quando os convidados têm alguma relação com a política ou com o meio político, de maneira direta ou indireta.

Porém, após a edição com Kim e Tábata, diversos lados políticos e grupos sociais concordaram que Monark havia excedido qualquer linha aceitável para um discurso de opinião, onde centenas de milhares de pessoas assistiam à ocasião.

Como visto, as consequências foram quase que instantâneas, sendo que no dia seguinte o apresentador já sofreu retaliações diretas, como:

√ Demissão do Flow Podcast
√ Cancelamento Virtual
√ Inquérito aberto pelo Ministério Público

Sim, o Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito contra o Flow Podcast e contra Monark devido ao seu discurso, categorizado como apologia ao nazismo.

As consequências são tamanhas para Bruno, nome real de Monark, que há pedidos para que o inquérito seja destinado à embaixada de Israel.

Estes cancelamentos são justificáveis?

(Imagem: reprodução)

No caso de Karol Conká, o semi-linchamento que a rapper recebeu foi principalmente motivado por atitudes relacionadas à sua personalidade, como seu temperamento difícil e sua falta de educação, apontadas por diversos brasileiros espectadores do BBB.

Já no caso de Monark, temos um discurso criminoso sendo realizado em rede nacional, visto que o Flow Podcast é transmitido para uma audiência gigantesca. 

Logo, é preciso que Monark seja investigado pelas autoridades competentes, a fim de entender se realmente houve um crime de apologia ao nazismo em sua fala.

No entanto, é essencial ressaltar que a cultura do cancelamento pode criar uma reação em cadeia tóxica e injusta com o cancelado, como é possível observar no primeiro caso.

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