A Igreja Católica, celebra em 19 de março a Solenidade de São José, esposo de Maria. Solenidade é o grau mais elevando das celebrações litúrgicas da Igreja.
A figura de José, tem um papel fundamental no desenvolvimento da vida de Jesus, principalmente no processo educacional das experiências religiosas, quando, como bom judeu, ensina as orações, o seguimento da lei, a realização das peregrinações ao Templo, a presença na sinagoga, a recitação dos salmos, entre tantas outras práticas.
Papa Francisco, assim o descreve: “Sabemos que era um humilde carpinteiro (cf. Mt 13, 55), desposado com Maria (cf. Mt 1, 18; Lc 1, 27); um «homem justo» (Mt1, 19), sempre pronto a cumprir a vontade de Deus manifestada na sua Lei (cf. Lc 2, 22.27.39) e através de quatro sonhos (cf. Mt 1, 20; 2, 13.19.22). Depois duma viagem longa e cansativa de Nazaré a Belém, viu o Messias nascer num estábulo, «por não haver lugar para eles» (Lc 2, 7) noutro sítio. Foi testemunha da adoração dos pastores (cf. Lc 2, 8-20) e dos Magos (cf. Mt 2, 1-12), que representavam respetivamente o povo de Israel e os povos pagãos. Teve a coragem de assumir a paternidade legal de Jesus, a quem deu o nome revelado pelo anjo: dar-Lhe-ás «o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados» (Mt 1, 21). Entre os povos antigos, como se sabe, dar o nome a uma pessoa ou a uma coisa significava conseguir um título de pertença, como fez Adão na narração do Génesis (cf. 2, 19-20). No Templo, quarenta dias depois do nascimento, José – juntamente com a mãe – ofereceu o Menino ao Senhor e ouviu, surpreendido, a profecia que Simeão fez a respeito de Jesus e Maria (cf. Lc 2, 22-35). Para defender Jesus de Herodes, residiu como forasteiro no Egito (cf. Mt 2, 13-18). Regressado à pátria, viveu no recôndito da pequena e ignorada cidade de Nazaré, na Galileia – donde (dizia-se) «não sairá nenhum profeta» (Jo 7, 52), nem «poderá vir alguma coisa boa» (Jo 1, 46) –, longe de Belém, a sua cidade natal, e de Jerusalém, onde se erguia o Templo. Foi precisamente durante uma peregrinação a Jerusalém que perderam Jesus (tinha ele doze anos) e José e Maria, angustiados, andaram à sua procura, acabando por encontrá-Lo três dias mais tarde no Templo discutindo com os doutores da Lei (cf. Lc 2, 41-50)”. (Carta Patris Corde, 2021).
A celebração de 19 de março, evidencia sua missão e tarefa, como, esposo de Maria. “A grandeza de São José consiste no fato de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. Como tal, afirma São João Crisóstomo: colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico”.
O povo de Deus, celebra com grande entusiasmo, alegria e amor, sua relação com São José. Invocado nas mais diversas necessidades espirituais e materiais, sua atuação demonstra o carinho e o amparo de Deus, oferecido diariamente.
Crescer no amor à São José, é compreender cada vez mais nosso papel de batizados e participantes da vida de Jesus Cristo. Praticar a religião, é acima de tudo, demonstrar com atitudes aquilo que aprendemos do grande Mestre. Jesus, na sua humanidade, teve este grande mestre, seu pai José.