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VÍDEO: Dia da Engenharia no Batalhão Borba Gato

Legado do patrono da Arma, João Carlos de Villagran Cabrita, foram destacados pelo comandante do CMSE

Abril é o mês de relembrar e celebrar os feitos de João Carlos de Villagran Cabrita, um dos grandes soldados da história do Exército Brasileiro e patrono da Arma de Engenharia. Nascido em 30 de dezembro de 1820, sua vida militar é iniciada aos 22 anos quando é declarado alferes-aluno. Villagran colocou seu nome da história do Brasil ao mostrar desempenho e profissionalismo excepcional no comando do 1º Batalhão de Engenheiros durante a Guerra do Paraguai onde Brasil, Argentina e Uruguai formaram a Tríplice Aliança para combater os planos expansionistas do governo paraguaio chefiado por Francisco Solano López.

Como fiscal administrativo, Villagran seguiu para a guerra com o 1º Batalhão de Engenheiros em junho de 1865, assumindo o comando daquele batalhão em 1866 após o afastamento do comandante efetivo que havia sido designado para comandar uma unidade Artilharia. Em 6 de abril, Villagran Cabrita chegou com seus homens ao ponto de transposição escolhido no rio Paraná. Sob seu comando, os militares trabalharam preparando a defesa do local, sabendo que poderiam ser atacados, o que aconteceu por volta das 4 horas da manhã do dia 10 de abril de 1866. Atuando em conjunto por terra e pela água, os brasileiros venceram aquela batalha, mas um outro fato também marcaria aquele dia para sempre. Villagran estava em uma embarcação e enquanto escrevia sobre o combate, foi atingido por estilhaços de disparo de um canhão que tirou-lhe a vida.

Homenagens foram prestadas ao combatente que recebeu ainda a insígnia de Cavaleiro da Ordem de Cristo concedida pelo Governo Imperial. No Rio de Janeiro, o 1° Batalhão de Engenharia de Combate (Escola) é conhecido como Batalhão Villagran Cabrita, perpetuando a história do 1º Batalhão de Engenheiros. O maior reconhecimento a sua história foi realizado através do decreto 51.429 de 13 de março de 1962, assinado pelo então presidente João Goulart, que institui e homologou João Carlos de Villagran Cabrita como patrono da Arma de Engenharia do Exército Brasileiro.

João Carlos de Villagran Cabrita. (Foto: Domínio Público)

Buscando manter viva a história do lendário Castelo Azul Turquesa, os feitos de Villagran Cabrita e o trabalho atual da Engenharia Militar no Estado de São Paulo, o comando do 2º Batalhão de Engenharia de Combate, com sede em Pindamonhangaba (SP), recebeu o general de Exército TOMÁS Miguel Miné Ribeiro Paiva, Comandante Militar do Sudeste, dentre outros convidados, para uma cerimônia alusiva ao Dia da Arma de Engenharia. A formatura foi realizada no pátio interno da unidade e abrilhantada com a presença da banda de música do 6° Batalhão de Infantaria Leve, de Caçapava.

Confira a galeria de fotos da cerimônia

O comandante do CMSE, general de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, falou sobre a importância do legado de Villagran Cabrita para o Exército Brasileiro e sobre o trabalho atual da Engenharia. (vídeo)

Gen Ex Tomás, comandante do Comando Militar do Sudeste. Foto: Allan Modesto/PortalR3)

O tenente-coronel Henrique Vidal López Pedrosa, comandante do Batalhão Borba Gato, destacou o trabalho da Engenharia em todo o âmbito do Comando Militar do Sudeste. (vídeo)

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Durante a cerimônia em Pindamonhangaba, houve o canto da Canção da Engenharia, leitura do texto alusivo ao Dia da Arma de Engenharia, seguido da colocação de um arranjo de flores no busto e continência ao tenente-coronel Villagran Cabrita.

O comandante do CMSE e do Batalhão fizeram uso da palavra, destacando a importância da data. Encerrando a formatura, houve o desfile da tropa precedido por veteranos do Exército Brasileiro. A tropa retornou ao pátio atendendo a pedido do general Tomás para uma sessão de flexões em homenagem ao patrono da Engenharia, o tenente-coronel João Carlos de Villagran Cabrita.

Comandante do CMSE, da 2ª Divisão de Exército, da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada e da 12ª Brigada de Infantaria Live Aeromóvel participaram do evento pelo Dia da Engenharia no Batalhão Borba Gato. (Foto: Allan Modesto/PortalR3)

Canção da Engenharia

Quer na paz, quer na guerra, a Engenharia
Fulgura, sobranceira, em nossa história
Arma sempre presente, apoia e guia
As outras Armas todas à vitória.
Nobre e indômita, heroica e secular
Audaz, na guerra, ao enfrentar a morte,
Na paz, luta e trabalha, sem cessar,
Pioneira brava de um Brasil mais forte.
O castelo lendário, da Arma azul-turquesa
Que a tropa ostenta, a desfilar, com galhardia
É um escudo de luta, é o brasão da grandeza
E da glória sem fim, com que forja a defesa
E é esteio, do Brasil, a Engenharia.
Face aos rios ou minas, que o inimigo
Mantém, sob seu fogo, abre o engenheiro
A frente para o ataque e, ante o perigo,
Muitas vezes, dos bravos é o primeiro.
Lança pontes e estradas, nunca falha,
E em lutas as suas glórias ressuscita,
Honrando, em todo o campo de batalha,
As tradições de Villagran Cabrita.
O castelo lendário, da Arma azul-turquesa
Que a tropa ostenta, a desfilar, com galhardia
É um escudo de luta, é o brasão da grandeza
E da glória sem fim, com que forja a defesa
E é esteio, do Brasil, a Engenharia.

Letra: Aurélio de Lyra Tavares
Música: Hildo Rangel

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