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Exército homenageia irmãos que ficaram 26 dias perdidos na Selva Amazônica

A homenagem foi no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS)

Irmãos Gleison Carvalho Ferreira, de 9 anos, e Glauco Carvalho Ferreira, de 7 anos. (Foto: Centro de Instrução de Guerra na Selva)

O Exército Brasileiro, por meio do Comando Militar da Amazônia (CMA), realizou, na segunda-feira, 11 de abril, homenagem aos irmãos Gleison Carvalho Ferreira, de 9 anos, e Glauco Carvalho Ferreira, de 7 anos. Os dois saíram para capturar passarinhos e ficaram perdidos por 26 dias em situação de sobrevivência na Selva Amazônica, no município de Manicoré, a 332 quilômetros da capital amazonense.

A homenagem foi no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), onde as crianças receberam uma camiseta camuflada bordada com os seus nomes, um chapéu bandeirante símbolo do CIGS e o distintivo do Estágio de Adaptação à Selva, uma faixa semicircular com a inscrição ‘SELVA’, como reconhecimento pela sobrevivência na floresta amazônica.

O Comandante do CIGS, Coronel Fábio Pinheiro Lustosa, destacou: “A Selva não pertence ao mais forte, pertence ao sóbrio, ao habilidoso e ao resistente. O Gleison e o Glauco provaram isso. É mister que estas crianças viveram, e reconhecemos que trazem embutidas as qualidades de Guerreiro de Selva”.

O Secretário Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde, Coronel Reginaldo Ramos Machado, que fez o Curso de Guerra na Selva, afirmou que o SUS tem auxiliado na recuperação da saúde das crianças e acrescentou que os conhecimentos indígenas que o Gleison e Glauco têm em relação às intempéries da floresta, entre outros ensinamentos, contribuíram para a sobrevivência deles. Os irmãos são da etnia Mura.

Os pais das crianças, Rosinete da Silva Carvalho e Claudionor Ribeiro Ferreira, sentiram-se homenageados juntos com seus filhos. “Estou muito feliz e satisfeita que meus filhos estão bem e foram homenageados. Até cortaram o cabelo e disseram que querem ser soldados do Exército”, disse emocionada a mãe das crianças. Após as homenagens, as crianças e familiares realizaram um passeio no Zoológico do CIGS.

Participaram da cerimônia também o Secretário de Estado da Saúde, Anoar Abdul Samad; o Superintendente Estadual do Ministério da Saúde no Amazonas, Ricardo Lima Loureiro; e o Coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena, Januário Carneiro da Cunha Neto.

Os irmãos e familiares durante homenagem do CIGs. (Foto: Centro de Instrução de Guerra na Selva)

A sobrevivência
Os irmãos superam as adversidades comendo a sorva, uma fruta amazônica com propriedades medicinais e fitoterápicas. A fruta possui um látex comestível, importante fonte de alimento para nativos e ribeirinhos.

O Corpo de Bombeiros montou uma equipe de busca e resgate para localizar dois irmãos na área do Lago de Capanã Grande, onde fica localizada a comunidade, mas já havia encerrado as buscas quando o ‘mateiro’ Manoel Vilkem encontrou as crianças. Eles foram encontrados em uma área de mata fechada que faz parte da comunidade Nossa Senhora de Fátima, na Terra Indígena Lago Capanã, a cerca de 35 km da área onde eles moram.

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