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Alison dos Santos obtém ótima estreia na temporada 2022

Alison dos Santos comemora o bronze (Foto: Wagner Carmo/CBAt)

Depois de sete meses, Alison dos Santos, ganhador da medalha de bronze nos 400 m com barreiras na Olimpíada de Tóquio, em 2021, está de volta às competições. Ele estreou – e que estreia – na temporada no sábado (16) na disputa dos 400 m rasos dos USATF Golden Games, que integraram as disputas do 62º MT. SAC Relays, no Estádio Hilmer Lodge, em Walnut, Califórnia.

Alison (Pinheiros-SP) foi vice-campeão, com o tempo de 44.54. Com o resultado, passa a ser o segundo brasileiro e o terceiro sul-americano mais rápido da história na prova. Além disso, assumiu a terceira colocação no Ranking Mundial de 2022. O vencedor da prova foi o norte-americano Michael Cherry, quarto lugar na Olimpíada de Tóquio e campeão da Liga Diamante-2021, com 44.28. Já Bryce Deadmon, também dos Estados Unidos, ficou com o bronze, com 45.13. A competição faz parte da série ouro do World Athletics Continental Tour.

Por todos os números, a estreia de Alison foi sensacional. “Ele competiu cansado porque ainda está treinando muito forte. Apesar disso, eu esperava que ele corresse na casa dos 44 segundos. Ele tinha feito alguma coisa próxima disso no Mundial de Revezamento, no ano passado, mas foi no revezamento. Agora, conseguimos encaixar uma boa prova para abrir a temporada”, comentou o treinador Felipe de Siqueira. “Vamos voltar às atenções para os 400 m com barreiras e ele compete no dia 30 de abril nos Estados Unidos e depois partimos para etapas da Liga Diamante.”

Alison e Felipe estão desde o dia 3 de março no Centro Olímpico dos Estados Unidos, em Chula Vista, na região de San Diego, Califórnia. O objetivo imediato é a preparação para o Mundial de Oregon, de 15 a 24 de julho, também nos Estados Unidos, mas a longo prazo, claro, é a Olimpíada de Paris-2024.

O último evento do brasileiro, nascido em São Joaquim da Barra (SP), no dia 3 de junho de 2000, havia sido o Galà dei Castelli, etapa da série prata do World Athletics Continental Tour, realizada no dia 14 de setembro, no Stadio Comunale, na cidade de Bellinzona, Suíça. Alison venceu os 400 m com barreiras, com 48.15, na despedida de 2021.

Depois disso, Piu, como Alison é conhecido, tirou um período de descanso, retornando aos treinos em outubro, em São Paulo. Eleito o melhor do atletismo brasileiro pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e vencedor do Prêmio Loterias Caixa da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Alison encara com tranquilidade a missão de melhorar seus resultados. Meta nada fácil para um atleta, que quebrou seis vezes o recorde sul-americano no ano passado e obteve a fantástica marca de 46.72, na final olímpica, a terceira melhor da história.

Ele não volta para o Brasil tão cedo. Integrante do Programa da Seleção Permanente Loterias Caixa, ele explica o que está fazendo. “Tenho de repetir o que venho fazendo de bom e acho que posso ser mais rápido. Melhorar o início de prova e otimizar onde temos mais dificuldades”, disse, referindo-se aos 400 m com barreiras. “Fizemos muitos exames comparativos no Brasil, saltos no COB para ver a força e potência, além de analisar a forma óssea e muscular estrutural. Estamos usando muita bioquímica e biomecânica, com o levantamento de dados sobre como chego aos treinos e como saio. Tudo isso é computado”, completou o atleta, ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima e finalista do Mundial de Doha, ambos em 2019, quando tinha 19 anos.

Com a boa estreia, Alison só está atrás de Sanderlei Parrela, no ranking histórico brasileiro dos 400 m. Sanderlei correu a prova em 44.29, em 1999, quando conquistou a medalha de prata no Mundial de Sevilha, Espanha. Outro único brasileiro que correu abaixo dos 45 segundos foi Anderson Freitas Henriques, com 44.95, marca obtida na final do Mundial de Moscou-2013.

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