Entre os dias 02 e 30 de junho, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo apresenta a mostra “200 anos da Independência em 200 filmes”, que comemora o Bicentenário da Independência do Brasil com uma seleção de cem curtas e cem longas-metragens nacionais.
Com curadoria da jornalista e crítica de cinema Maria do Rosário Caetano, os filmes serão apresentados gratuitamente no formato virtual pela plataforma de streaming e vídeo por demanda do Governo do Estado #CulturaEmCasa, gerida pela Amigos da Arte, e no Petra Belas Artes, região central de São Paulo, a preços populares (de R$ 4,00 e R$ 2 – meia entrada). A mostra ocupará a sala 4 do Petra Belas Artes com pelo menos quatro sessões diárias compostas por um curta, seguido de um longa-metragem.
“A mostra de cinema realizada pelo Cine Petra Belas Artes e pela plataforma #CulturaEmCasa integra o programa Brasil 200, feito pelo Governo do Estado de São Paulo para celebrar o Bicentenário da Independência e estimular a reflexão sobre o que essa data significa para os brasileiros. Estamos viabilizando mais de 100 atividades por meio das instituições e programas de cultura estaduais, além da Agenda Bonifácio, que traz toda a programação relacionada ao assunto.
Trata-se de um dos principais marcos da história do Brasil. O cinema é uma das expressões culturais mais relevantes e potentes do nosso país e tem uma incrível capacidade de nos representar e encantar. Nada mais significativo do que apresentar ao público, dentro da comemoração do Bicentenário, uma mostra retrospectiva que refaz a trajetória do nosso cinema, com clássicos de todos os movimentos, estilos e gêneros.”, afirma o Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão.
“Em 2022 o Brasil celebra seus 200 anos de Independência. Data que merece celebração. Como um país independente precisa ter uma Cultura própria, decidimos propor a realização de uma grande Mostra com 200 filmes feitos no país para mostrar a incrível variedade da produção nacional ao longo de mais de 120 anos”, diz André Sturm, presidente do Belas Artes Grupo. “Um país não é verdadeiramente independente se não for capaz de se ver nas telas do cinema. Vamos resgatar esta história com uma seleção de grandes momentos. Grandes filmes, diretores, artistas e técnicos que contribuíram para esta história serão lembrados”, completa.
O Brasil é um dos países com filmografia mais antiga e contínua do mundo. A primeira exibição aconteceu em 1896, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, Afonso Segreto produziu um documentário curto com cenas da Baía de Guanabara, considerado o marco zero da produção nacional. Desde então, mesmo enfrentando algumas crises graves, a produção foi continuada.
“200 anos da Independência em 200 filmes” conta com obras de diversos períodos e movimentos tais como Cinédia, Vera Cruz, Chanchadas da Atlântida, Cinema Novo pioneiros, Cinema Marginal do Rio, Cinema Marginal de SP, Boca do Lixo, Pornochanchadas, Cinema da Embrafilme, Novo Cinema Paulista, Cinema da Retomada, além da produção atual. A produção brasileira de curta-metragem também é extensa, com destaque para a produção do final dos anos 1980 e início dos 1990.
“Completamos 2 anos de #CulturaEmCasa em 20 de abril com um número expressivo de mais de 7 milhões de visualizações em 166 países, estamos trabalhando para que a mostra siga o mesmo destino e transborde as fronteiras de São Paulo e do país porque é realmente um trabalho completo e muito importante para quem quer conhecer a cultura brasileira”, afirma Danielle Nigromonte, diretora-geral da Amigos da Arte.
E no dia 31 de maio, o Festival terá abertura oficial do Petra Belas Artes, com o filme “Um Broto Legal”, dirigido por Luiz Alberto Pereira, o filme narra a trajetória da cantora Celly Campello rumo ao sucesso transformando-se, ao lado do irmão, Tony Campello, num ícone cultural brasileiro, a primeira popstar do rock nacional.
Para a programação completa, acesse a plataforma #CulturaEmCasa ou o site do Cine Belas Artes.
Entre os filmes que serão exibidos estão:
A filha do advogado (1926), Jota Soares
Ganga Bruta (1933), Humberto Mauro
Matar ou Correr (1954), Carlos Manga
Rio, 40 Graus (1955), Nelson Pereira dos Santos
O Assalto ao Trem Pagador (1962), Roberto Farias
Vidas Secas (1963), Nelson Pereira dos Santos
Noite Vazia (1964), Walter Hugo Khouri
À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), José Mojica Marins
A Grande Cidade (1966), Carlos Diegues
A Margem (1967), Ozualdo RIbeiro
Toda Nudez Será Castigada (1973), Arnaldo Jabor
Lilian M: Confissões Amorosas (Relatório Confidencial) (1975), Carlos Reichenbach
Ladrões de Cinema (1977), Fernando Coni Campos
Cabra Marcado Para Morrer (1984), Eduardo Coutinho
As Sete Vampiras (1986), Ivan Cardoso
Anjos do Arrabalde (1987), Carlos Reichenbach
A Dama do Cine Shanghai (1987), Guilherme de Almeida Prado
Anahy de las Misiones (1997), Sérgio Silva
Baile Perfumado (1997), Paulo Caldas/Lírio Ferreira
O Invasor (2001), Beto Brant
Branco Sai, Preto Fica (2014), Adirley Queirós
Que Horas Ela Volta? (2015), Anna Muylaert