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Trabalhos desenvolvidos na Esalq são premiados no IX Congresso Brasileiro de Soja

Estudos premiados trabalham na análise de sementes da soja a partir da aplicação de termografia por infravermelho e do mapeamento do genoma a fim de localizar regiões de resistência ao complexo de percevejos

(Foto: Gerhard Waller/DvComun/ESALQ)

Dois trabalhos desenvolvidos na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) figuraram entre os premiados durante a cerimônia oficial de encerramento do o IX Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2022.

O evento foi realizado de 16 a 19 de maio, em Foz do Iguaçu/PR, com o tema central “Desafios para produção sustentável no Mercosul”.

Na categoria profissional, o melhor trabalho foi apresentado pelo professor Francisco Guilhien Gomes Junior do Departamento de Produção Vegetal.

Intitulado Infrared thermographic assessment to discriminate soybean seed vigor, o trabalho teve como coautores Agide Gimenez Marassi, Lívia Araújo Rohr e Silvio Moure Cicero. A pesquisa foi desenvolvida com suporte financeiro da Fapesp e do CNPq.

A pesquisa investigou o uso da termografia por infravermelho na avaliação de sementes de soja visando discriminar lotes de sementes quanto aos níveis de vigor. Os resultados revelaram temperaturas mais elevadas nas sementes dos lotes de menor vigor do que naquelas dos lotes de maior vigor.

“A termografia por infravermelho é um método promissor para auxiliar na seleção de lotes de sementes com potencial fisiológico superior. Esta técnica pode ser útil como um teste rápido e não invasivo para auxiliar em pesquisas de melhoramento vegetal e em programas de controle de qualidade de empresas de sementes”, explica o professor Francisco.

Também foi laureado como o melhor na categoria pós-graduação o estudo Genome-wide association study dissect the genetic architecture of stink bug complex resistance in soybean, da aluna de doutorado Maiara de Oliveira, do Programa de pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, sob orientação do professor José Baldin Pinheiro, do departamento de Genética.

O trabalho também contou com a coautoria de Patricia Braga, Adriano Abreu Moreira, Fernando Henrique Iost Filho, Emanoel Sanches Martins, Fernanda Smaniotto Campion, Juliano de Bastos Pazini, Felipe Augusto Krause, Giovanni Michelan Arduini, Ashley Burricks e Pedro Takao Yamamoto.

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O trabalho teve como objetivo identificar regiões do genoma da soja que estão associadas a resistência ao complexo de percevejos, principal praga que afeta drasticamente a produtividade e a qualidade de sementes de soja, além de utilizando imagens aéreas para melhorar e facilitar a fenotipagem nas avaliações.

“Do ponto de vista prático, este estudo fornece informações que podem ajudar programas de melhoramento a selecionarem genótipos, com maior precisão e em menor tempo, e assim obter cultivares resistentes e com melhor desempenho a serem disponibilizadas aos agricultores”, comenta Maiara de Oliveira.

O evento reuniu aproximadamente 1800 pessoas. Além da promoção de seis conferências, 18 painéis e 50 palestras, foram realizadas sessões de pôsteres para divulgação dos resultados de trabalhos científicos. A comissão organizadora analisou os trabalhos nas categorias graduação, pós-graduação e profissional.

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