A carioca Vitória Rosa (Pinheiros-SP) foi um dos destaques do XLI Troféu Brasil Loterias Caixa Interclubes de Atletismo, encerrado no sábado (25), no Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro.
Ela ganhou nesta última etapa da competição a prova dos 200 m – foi sua terceira medalha de ouro porque já havia vencido os 100 m, na quarta-feira, e depois o revezamento 4×100 m campeão, na quinta-feira.
“Isso é muito gratificante porque a todo momento dou meu melhor na pista. A gente fica muito tempo longe da família, faz sacrifícios, mas também é recompensada com conquistas importantes”, comentou Vitória.
O seu grande objetivo na temporada é o Mundial do Oregon de Atletismo, que será disputado de 15 a 24 de julho, nos Estados Unidos. “Tenho índices para os 100 m e os 200 m e minha meta e a do meu treinador (Katsuhico Nakaya) é chegar ao pico de minha preparação em Eugene para brigar por um bom resultado”, afirmou.
“Assim como sou referência aqui no Brasil terei outras estrelas para acompanhar no Mundial. Quero fazer mais provas no exterior e enfrentar adversárias mais fortes do que eu.”
Vitória venceu com o tempo de 22.92 (0.8). Ana Carolina Azevedo (CT-Maranhão-MA) ficou em segundo lugar, com 23.29, seguida de Lorraine Martins (Pinheiros-SP), com 23.36.
Na prova masculina, o carioca Lucas Rodrigues da Silva (Equipe Medex-RJ) conquistou o seu primeiro título do Troféu Brasil, com 20.64 (0.4). “A marca não foi boa, mas a prova foi muito forte, com adversários excelentes. Tivemos de fazer muita força”, comentou Lucas, de 20 anos, que voltou na segunda-feira (20/6) de competições na Europa.
Lucas Conceição Vilar (SESI-SP), bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires-2018, ficou com a medalha de prata, com 20.78, seguido de Felipe Bardi dos Santos (SESI-SP), com 20.78.
No lançamento do dardo, o amazonense Pedro Henrique Nunes Rodrigues (Endurance Sports-AM), com 81,00 m, novo recorde da competição.
O anterior era de Júlio Cesar Miranda de Oliveira, com 80,05 m, desde 2009. Luiz Mauricio Dias (Equipe Medex-RJ) ficou em segundo lugar, com 73,32 m, seguido do Clewerton Ruan de Souza Siqueira (Corville-SC), com 68,55 m.
“Na penúltima tentativa lancei na casa dos 81 m, minha melhor marca pessoal e recorde do Troféu Brasil. É continuar treinando e aumentar os objetivos. O meu sonho é estar na Olimpíada de Paris, não está valendo índice, mas o objetivo é esse. O índice é 85,81 m e eu tenho tempo para treinar”, disse o lançador.
Sobre a nova geração no dardo disse que ele e Luiz Maurício têm quebrado barreiras. “Entramos para a história no Ibero-Americano porque só tinha um lançador no Brasil com marca acima dos 80 metros. Colocamos nosso nome na história, mas ainda temos história para contar. E agora é pensar nos 85 m e acima porque é buscar o máximo.”
Nos 400 m com barreiras, Márcio Teles (Orcampi-SP) comemorou muito o sexto título da competição, obtido com o tempo de 50.46. “Me atrapalhei na reta oposta e passei a última barreira em terceiro lugar. Garanti a vitória na linha de chegada”, disse o hexacampeão. “Tive uma base ruim este ano por problemas pessoais, mas esta vitória me dá um grande alívio.”
Hederson Alves Estefani (Pinheiros-SP) e Jordan Santos de Souza (Orcampi-SP) ficaram com as medalhas de prata (50.59) e de bronze (50.68), respectivamente.
No feminino, Jéssica Moreira (Pinheiros-SP) venceu bem os 400 m com barreiras, com 56.55. “Estou feliz com a medalha de ouro, a minha primeira no Troféu Brasil, mas esperava um tempo melhor”, comentou a atleta de 20 anos, nascida em Guariba, no interior de São Paulo.
“Estou há um ano em São Paulo e quero agradecer muito ao meu treinador Felipe. Estou fazendo treinos muito diferentes do que eu fazia”, completou, referindo a Felipe de Siqueira, que atualmente acompanha Alison dos Santos nas principais competições do planeta.
Liliane Cristina Barbosa Parrela (UCA-SC) ficou em segundo lugar, com 57.61, seguida de Marlene Ewellyn Silva dos Santos (Orcampi-SP), com 57.99.
Tatiane Raquel da Silva (IPEC-PR), que havia vencido os 3.000 m com obstáculos, ganhou também os 1.500 m, com 4:13.38, recorde pessoal. “Meu objetivo era bater o recorde do campeonato”, disse, referindo-se à marca de 4:11.80, que pertence a Soraya Vieira Telles desde 1993. “Mas corri sozinha desde a largada, só contra o relógio, e aí fica difícil. A gente precisa de ajuda, de adversária”.
Nos 3.000 m com obstáculos, Tatiane, que está qualificada para o Mundial do Oregon, bateu o recorde da competição, com 9:39.66. “Agora é focar no Mundial, principalmente na parte mental, porque os treinos já estão nas pernas”, concluiu a paranaense, que fará os últimos treinos em Guarapuava (PR).
Nos 1.500 m, Jaqueline Beatriz Weber (AMO-RS) foi a segunda colocada, com 4:21.64, seguida de Isabelle Cristina de Almeida (ASA-Sorriso-MT), com 4:28.90. No masculino, Guilherme Kurtz (UCA-SC) foi o campeão, com 3:45.00, seguido de Eduardo Ribeiro Moreira (Pinheiros-SP), com 3:46.03, e de André Carlos Sousa Sales (BNB Clube-CE), com 3:46.37.