De acordo com especialistas e players que atuam no mercado financeiro, se tem um termo que vem ganhando relevância em meio ao cenário das criptomoedas é a tokenização em blockchain.
A tokenização consiste em transformar um ativo qualquer em quotas menores e/ou fracionadas em um ecossistema descentralizado, utilizando contratos inteligentes, juntamente com a tecnologia blockchain.
Trata-se de um processo que permite maior garantia, simplicidade, transparência e segurança tecnológica, além de possibilitar maior facilidade para negociação em grandes mercados, como DeFi ou exchanges de criptoativos.
Em virtude da ascensão desse universo, o mercado tem criado uma série de novos tipos de tokens com propósitos diversos.
Porém, a tokenização não é um assunto recente, há aproximadamente 10 anos o assunto é discutido no mercado. Ao que tudo indica, esse processo veio para ficar dentro do segmento.
Um dos players do setor que já sinalizou que vai aderir a tokenização é o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, apontou que a companhia deve começar a usar “blockchain” na tokenização de ativos físicos.
Em função da parceria entre fintech Vórtx e a holding QR Capital, que teve o aval no Sandbox Regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), estão sendo realizados alguns testes de regulação dos primeiros tokens no mercado de capitais.
O grande diferencial ocorre porque o Blockchain é a prova de fraudes, até porque estamos falando de transformar qualquer ativo em um token, sendo ele real ou financeiro.
No que diz respeito a tokenização, é essa tecnologia que possibilita a troca de informações, em que todos os envolvidos garantem a veracidade dos termos e condições.
Por outro lado, o grande entrave em meio a essa questão diz respeito aos desafios regulatórios, facilitado pelo teste de Howey, que veda qualquer tipo de ativo para um cidadão brasileiro, prevendo assim autorização prévia do da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e, ainda assim, sendo liberado somente em alguns casos especiais.
O mesmo entrave também é identificado em uma wallet identificada e auto-custodiada, para lidar com lavagem de dinheiro e gestão das chaves privadas para reduzir a insegurança jurídica, sucessão, litígios ou disputas judiciais.
De acordo com analistas, é fácil perceber os impactos que os ativos blockchain podem trazer para a nova economia. Mas já é possível medir essa interferência?
Alguns players do setor dizem que ainda é difícil medir o nível de influência desses ativos no mercado financeiro, mas o pensamos comum dentro do setor é que trata-se de uma tecnologia que veio para ficar.
Para os profissionais do ramo, seu grande diferencial é permitir uma eficiente gestão dos recursos, reduzindo os custos das operações, ampliando os produtos financeiros já existentes e seus desdobramentos.