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Oeste de São Paulo inicia primeira colheita de abóbora cabotiá

A partir de agora, abóbora, melão e melancia destinados ao mercado argentino passam a ser certificados na fronteira, e não mais na propriedade rural de origem

Abóbora cabotiá da região oeste de São Paulo (Foto: Carolina Reis/SFA-SP)

A região de Presidente Prudente, no oeste de São Paulo, começa neste mês a colheita da abóbora cabotiá que só poderá ser exportada para a Argentina pela nova regra firmada entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o país vizinho.

A mudança implica principalmente na certificação dos produtos, que até então era feita na propriedade rural durante a colheita. Essas abóboras e outras cucurbitáceas (melão, pepino, melancia e etc) agora passam a ser certificadas nas áreas de fronteira, onde atua a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).

A alteração da regra está no plano de trabalho para exportação para a Argentina de cucurbitáceas produzidas no Brasil sob o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) da mosca-sul-americana-das-cucurbitáceas, como é conhecida a Anastrepha grandis. Embora essa mosca seja considerada de importância secundária no Brasil, no país vizinho ela tem um status de importância quarentenária (praga, sem controle, pode causar impactos econômicos significativos na produção).

Para que esses produtos brasileiros possam entrar na Argentina, os serviços de defesa agropecuária responsáveis por alguns municípios de São Paulo, da Bahia, de Goiás, Minas Gerais, do Paraná e do Rio Grande do Sul devem alterar os procedimentos operacionais e as medidas fitossanitárias com base nesse plano de trabalho.

No ano passado, a produção sob o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) no estado de São Paulo foi de 4.212 toneladas de abóbora e 600 toneladas de melancia, aproximadamente.

Acompanhamento

Para explicar as mudanças e supervisionar o SMR naquela região, auditores fiscais da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP) e servidores da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado, estiveram em Indiana (SP) de 19 a 21 de julho.

Eles se reuniram para alinhar os trabalhos, visitaram a casa de embalagem (local em que os frutos são beneficiados, classificados e embalados) e fizeram vistoria do campo para que a CDA pudesse realizar uma inspeção e corte de frutos.

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“Para exportar, o produtor e a CDA têm que seguir os procedimentos do SMR descritos no Plano de trabalho e Instrução Normativa 16/2006. Nós aproveitamos essa vistoria para realizar a supervisão do SMR, ou seja, verificar se atenderam todos os requisitos para habilitar a propriedade para exportação naquela safra”, explicou Carolina de Araújo Reis, chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal da SFA-SP.

Segundo ela, as propriedades cadastradas no SMR devem monitorar a mosca-sul-americana-das-cucurbitáceas. Levantamentos fitossanitários devem ser feitos com uso de armadilhas que atraem os insetos. Toda semana o material capturado deve ser coletado e enviado para análise em laboratório credenciado pelo Mapa.

O grupo também visitou um dos laboratórios que atende os produtores locais, além de se reunir com responsáveis técnicos da região para esclarecer dúvidas em relação às mudanças previstas no plano de trabalho.

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