A Prefeitura de Pindamonhangaba, por meio da Secretaria da Mulher, Família e Direitos Humanos, realizou o relançamento da exposição fotográfica Faces da Resistência, resultado do projeto ‘Mulheres Negras em Foco’, dia 2 de setembro (sexta-feira), no auditório municipal. A iniciativa tem apoio do Fundo Social de Solidariedade e da Secretaria de Cultura e Turismo.
O evento começou com uma esquete realizada pela artista Márcia de Oliveira, uma das 12 mulheres retratada na exposição e proponente do projeto. Márcia fez uma apresentação sobre a luta da mulher negra na sociedade, despertando a atenção de todos para a luta contra o preconceito racial.
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O secretário de Cultura e Turismo, Alcemir Palma, destacou as ações da Prefeitura para projetos de inclusão e grande luta contra o preconceito racial. O presidente da Câmara, vereador José Carlos Gomes – Cal – pediu respeito e reflexão da sociedade.
De acordo com o Secretário da Mulher, Família e Direitos Humanos, João Carlos Salgado, “a Prefeitura, a Câmara, as instituições da cidade, e toda sociedade devem trabalhar em parceria, buscando a igualdade racial e o fim do preconceito. Devemos nos unir pela igualdade, sem diferenças. Os negros devem ter vez e voz. Estamos trabalhando nesse sentido”.
Ele frisou que a exposição vai para a Ferroviária e depois voltará para o saguão da Prefeitura. Os quadros retratam 12 mulheres de Pindamonhangaba, uma do Jardim Regina e as demais do Cerâmica.
O prefeito Dr. Isael Domingues, frisou que a maior parte da população brasileira é formada por negros e pardos. “Da mesma forma a maior quantidade de pessoas que estão no sistema prisional também corresponde a negros e pardos. Isso é lastimável porque a origem disso é a ausência de ações e políticas públicas eficientes para combater essa questão, para valorizar e incluir os negros. Nas cidades, a maioria da população da periferia é negra, muitas vezes vivendo marginalizados e sofrendo preconceito”.
Ele completou afirmando o compromisso que a sociedade deve ter para corrigir os séculos de preconceito e marginalização dos negros. “Na escala social, a mulher negra é a última. Os negros de uma forma geral, mas a mulher negra é a maior prejudicada em todos os índices sociais. O índice de violência contra a mulher negra é muito elevado. Devemos valorizar e levantar essa bandeira, da consciência humana. Temos que ter uma transformação social. Uma reflexão sobre nossas atitudes. Agir para mudar as condições atuais, transformando o presente. Não há porque existir preconceito racional. Por dentro, todo ser humano é igual. É nosso dever mudar a consciência das pessoas sobre o papel do negro, da mulher negra, temos que ser pioneiros nesta questão e levar adiante essa bandeira”, declarou o prefeito.
O evento ainda contou com a presença da presidente do Fundo Social de Solidariedade, Claudia Domingues, além dos vereadores Rogério Ramos, Regininha, Magrão, Gilson Nagrin, Julinho Car, e Norbetinho, vários secretários municipais, representantes da ACIP, Ferroviária, e outras instituições da cidade.