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Pesquisadores monitoram clima da Amazônia em torre no coração da floresta

(Foto: Divulgação/INITAU)

Do alto de uma torre de 325 metros, encravada no coração da Amazônia, pesquisadores do Brasil e colaboradores internacionais monitoram o clima da maior floresta tropical contínua do mundo.

Esse é o Observatório de Torre Alta (ATTO em inglês), projeto fruto de uma parceria entre o Brasil e a Alemanha, e que conta com a participação do Prof. Dr. Gilberto Fisch, da Universidade de Taubaté (UNITAU).

O professor, listado entre os 109 mil cientistas mais influentes do mundo, de acordo com a versão atualizada do AD Scientific Index 2023, participou de uma expedição até a torre no início de outubro, dentro da programação de um encontro promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

A partir de Manaus, o grupo se deslocou por cerca de 5 horas em uma viagem de carro, barco e carro novamente.

“O projeto ATTO visa à instalação de uma torre de 325 metros em uma área de floresta tropical intacta, na reserva sustentável do Rio Uatumã. É uma área completamente preservada e, portanto, temos floresta tropical intacta.

Esse projeto busca estudar o acoplamento entre a atmosfera e a vegetação, seus aspectos físicos, meteorológicos, químicos, ecológicos biológicos, botânicos etc. É uma parceria entre Brasil e Alemanha, de que participam instituições de ponta, tanto da Alemanha como do Brasil”, explica o pesquisador.

A última vez que o professor esteve no local foi em 2019. O projeto foi criado em 2009. O Prof. Fisch usa os dados obtidos por meio das análises do ATTO em sua pesquisa sobre o acoplamento da atmosfera com a vegetação. Essa pesquisa conta com a participação de alunos do programa de pós-graduação em Ciências Ambientais da UNITAU e também do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“A inserção da Universidade de Taubaté nesse projeto é importante porque dá a oportunidade de participar dessas pesquisas de vanguarda, que buscam caracterizar o acoplamento vegetação-atmosfera na Amazônia e estimar possíveis impactos devido ao desmatamento da Amazônia”, destaca o professor.

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A visita à Amazônia também foi uma oportunidade de reencontro do prof. Fisch com Caroline Ostermann, egressa do curso de Agronomia em 2016.

Caroline está fazendo doutorado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da USP, com uma bolsa sanduíche com a Universidade da Califórnia. Ela desenvolveu um equipamento que mostra, em tempo real, de forma contínua, dados para a para análise de gases VOC (gases voláteis de compostos orgânicos) que se decompõem na natureza e ajudam a formar as nuvens.

“Desde 2018, eu faço parte do grupo ATTO. Esse projeto acaba contribuindo com dados para a gente descobrir como as nuvens são formadas.

Alimentamos as plataformas de dados para a produção de modelos preditivos climáticos. Espero que, com esse equipamento que eu acabei desenvolvendo, haja uma contribuição maior de dados de forma contínua.”

Caroline reforçou o seu carinho para com o professor e parceiro de pesquisas. “Estou com ele faz anos, desde que estava na Universidade.

Vamos fazer colaboração com outros trabalhos, em janeiro, ao longo do rio Negro. Uma pesquisa sobre a formação de nuvens. Sem a formação e a contribuição do prof. Fisch, eu não estaria aqui.”

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