Em mais um esforço no âmbito do programa Primatas, a Prefeitura firmou convênio com a Universidade Federal de Viçosa para realização de atividades voltadas à proteção do sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) no território de São José dos Campos. Essa é uma das 25 espécies de primatas mais ameaçadas do mundo.
Os pesquisadores vão desenvolver estudo sobre a população dessa espécie que vive na mata do Parque Alambari, na região leste, e ao longo da vegetação nas margens do córrego de mesmo nome. A ideia é identificar e contar os animais – machos, fêmeas e filhotes –, observar o comportamento deles e analisar o ambiente onde vivem.
Nessa área da cidade, a iniciativa terá apoio do projeto Ecomuseu, que tem atuação nos bairros onde já foram avistados saguis. Moradores da região, alguns deles observadores desses primatas há muitos anos, também devem contribuir para as ações.
Os estudos devem durar ao menos um ano. Nesse período, a população poderá contribuir, informando ao projeto de ciência cidadã quando avistar saguis em ambiente urbano. A equipe irá ao local para identificação, análise do ambiente e de possível ação de manejo, se necessária, dos saguis encontrados sozinhos ou isolados.
Também serão monitorados os grupos de saguis-da-serra-escuros do Parque Natural Municipal Augusto Ruschi, na região norte. Os saguis exóticos – originários de outras regiões do país – que habitam área vizinha à unidade de conservação serão manejados para evitar o cruzamento entre as duas espécies.
Ainda faz parte do convênio a sensibilização dos moradores quanto à importância da proteção da biodiversidade. No cronograma do convênio, estão previstas palestras dos pesquisadores, que também darão apoio para produção de materiais de comunicação sobre a fauna silvestre.