O Museu das Culturas Indígenas (MCI), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim, recebe Sandra Benites e Xadalu Tupã Jekupé para uma roda de conversa sobre arte indígena contemporânea no sábado, 10/12, às 15h.
O evento é gratuito e as vagas são limitadas – as reservas devem ser feitas antecipadamente pelo e-mail [email protected].
A partir da mostra Invasão Colonial ‘Yvy Opata’ A Terra Vai Acabar, em cartaz no MCI desde a abertura do museu, Benites e Tupã Jekupé vão dialogar sobre as expressões artísticas presentes nos trabalhos expostos, comentando os signos artísticos indígenas na produção contemporânea.
A curadora e o artista também vão traçar, ao longo do encontro, um panorama sobre a arte indígena contemporânea brasileira realizada por artistas pertencentes a diversos povos originários sob a perspectiva da ancestralidade e da resistência. Esses são dois temas que refletem a cosmovisão dos povos indígenas e que estão presentes na mostra do MCI.
Exposição no MCI
A exposição Invasão Colonial ‘Yvy Opata’ A Terra Vai Acabar traz, valendo-se da estética da arte urbana contemporânea, a demarcação dos deslocamentos territoriais com múltiplas linguagens artísticas afirma o território identitário indígena como alvo da sociedade ocidental.
Os trabalhos apresentados denunciam como os territórios originários em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estão sendo engolidos pelo dito progresso urbano da cidade.
Entre as imagens presentes na mostra está a cerca de arame, que remete não apenas à violência da invasão, mas ao estado de segregação étnica que vive o povo Guarani e também à asfixia do espaço cada vez menor das terras indígenas.
Para o artista da mostra, Xadalu Tupã Jekupé, a emergência e a necessidade de visibilidade da diáspora Guarani é uma demanda da população indígena, expulsa pela expansão da especulação imobiliária e invisibilizada dentro do contexto urbano.
Sobre o MCI
O Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) – Organização Social de Cultura – em parceria com o Instituto Maracá, associação sem fins lucrativos que tem como finalidade a proteção, difusão e valorização do patrimônio cultural indígena.
O MCI apresenta uma proposta inovadora de gestão compartilhada a ser construída ao longo da experiência, com o fortalecimento do protagonismo indígena.
É em espaço de diálogo intercultural, pluralidade, encontros entre povos indígenas e não-indígenas, onde a memória da ancestralidade permitirá aos diversos povos originários compartilharem suas mensagens, ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes e histórias. Uma conquista dos povos indígenas, ainda em processo de construção, neste território na cidade, aberto para que o público entre em contato com sua própria história, e com outras histórias do Brasil.
SERVIÇO
Roda de conversa – “Arte indígena contemporânea: ancestralidade e resistência”
Data: sábado (10/12)
Hora: 15h (horário de Brasília)
Entrada: gratuita
Vagas: 30
Inscrição: [email protected]
MUSEU DAS CULTURAS INDÍGENAS (MCI)
Funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados)
Ingressos: R$15,00 (inteiro) e R$7,50 (meia entrada); gratuito às quintas-feiras
Agendamentos: https://bileto.sympla.com.br/event/74784/d/149212.
Local: Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 – Água Branca, São Paulo/SP)
Informações: (11) 3873-1541
Site: www.museudasculturasindigenas.org.br