
O ano de 2023 começa com uma boa dose de otimismo para cientistas brasileiros e colaboradores internacionais com o anúncio da retomada de investimentos pelo governo da Alemanha para o desenvolvimento de pesquisas, em especial, na área ambiental.
Entre os pesquisadores está o Prof. Dr. Gilberto Fisch, da Universidade de Taubaté (UNITAU), que desenvolve trabalhos relacionados às alterações climáticas na Amazônia e seus efeitos para o Vale do Paraíba.
Professor Fisch integrou a comitiva que recepcionou, no dia 2 de janeiro, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, durante visita ao Estado do Amazonas.
Entre as atividades da agenda, o grupo se deslocou até o coração da floresta Amazônica para mostrar às autoridades alemãs o Observatório de Torre Alta (Atto em inglês).
Parte do grupo se deslocou, a partir de Manaus, por terra e pelo rio, em uma viagem com mais de seis horas de duração. Outra parte fez o deslocamento em helicópteros até as proximidades do observatório.
A Torre Atto mede 325 metros de altura e está localizada em São Sebastião do Uatumã, a cerca de 240 quilômetros de Manaus. Desde 2009, essa torre monitora as condições climáticas da região e as questões do efeito estufa, sendo coordenada por pesquisadores brasileiros e alemães.
“Eles ficaram bem impressionados e a perspectiva é de que as coisas sejam normalizadas nos próximos meses. O grupo de cientistas que trabalha com isso está bem entusiasmado, tanto pelo lado brasileiro quanto pelo alemão”, afirma o prof. Fisch.
Para o pesquisador da UNITAU, o fortalecimento da parceria entre Brasil e Alemanha, por meio da reativação do Fundo Amazônia, vai permitir avanços nas investigações sobre a maior floresta tropical contínua do mundo e na implantação de programas de preservação dos ecossistemas. O Fundo Amazônia é o principal mecanismo de compensação global por esforços na contenção do desmatamento e financiamento a projetos na região amazônica.
“Houve uma repercussão muito positiva também nas TVs e nos jornais da Alemanha”, destaca o pesquisador da UNITAU.
Além dos programas internacionais, professor Fisch também está otimista neste início de 2023 com a aprovação de duas linhas de financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no valor total de R$ 1,3 milhão.
Os recursos serão aplicados em duas pesquisas que contam com a colaboração do professor: o monitoramento dos “rios voadores” que transportam grandes massas de umidade da Amazônia para o continente e atividades realizadas na torre Atto. “Isso vai possibilitar a continuidade nas pesquisas que desenvolvo por parte da UNITAU.”