O primeiro dia de reuniões bilaterais que integram a agenda do governador Tarcísio de Freitas no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, foi considerado positivo. Na companhia do secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz, de Arthur Lima, secretário-chefe da Casa Civil, e de Lais Vita, secretária de Comunicação, Tarcísio fez sua primeira viagem internacional como chefe do Estado mais rico do país.
“A nossa missão em Davos é apresentar todo o potencial de São Paulo: seu desenvolvimento sustentável, sua capacidade de atração de investimentos e as oportunidades para parcerias com o setor privado. Trazer novos negócios para o Estado São Paulo significa gerar empregos, renda, qualidade de vida e ajudar no crescimento do Brasil”, comenta o governador.
Na agenda da segunda-feira (16), foram realizadas reuniões bilaterais com Mansoor Ebrahim Al-Mahmoud, CEO do Qatar Investment Authority, com Ilan Goldfajn, presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), além de um encontro com Eknath Sambhaji Shinde, primeiro-ministro do Governo de Maharashtra, província responsável por 20% do PIB da Índia e um almoço de negócios com empresário André Esteves, do banco BTG Pactual.
Expresso BID
O governador Tarcísio de Freitas avalia como muito boa a conversa com o presidente do BID, Ilan Goldfajn. Sobre a participação do BID na estruturação de projetos no Estado, a ferrovia e o trem intercidades ganharam destaque. Mas parcerias na digitalização de serviços, a possibilidade de apoio do banco na criação de um instrumento financeiro verde para os investidores e suporte ao Desenvolve São Paulo para fomentar o empreendedorismo social também foram debatidas.
Match
O encontro com Mansoor Ebrahim Al-Mahmoud, CEO do Qatar Investment Authority, o fundo soberano do país mais rico do mundo, também deu jogo. Os investidores se mostraram muito interessados em conhecer melhor os ativos de São Paulo. A carteira de projetos do Estado apresentada na Suíça compõe em média R$ 70 bilhões em oportunidades de investimento.
Sem barreiras
Outra conversa produtiva para o Governo de São Paulo na tarde desta segunda-feira, em Davos, foi com a diretora geral da OMC , Ngozi Okonjo-Iweala. A economista nigeriana, que foi por mais de uma década ministra em seu país, entendeu o papel de São Paulo como grande exportador de commodities agrícolas e sua relevância para a segurança alimentar do planeta. Mulher, negra e chefe de uma das maiores entidades econômicas do mundo, Okonjo-Iweala discutiu com a comitiva paulista sobre a necessidade da Organização Mundial do Comércio atuar para evitar barreiras nas exportações agrícolas.