A Prefeitura de Pindamonhangaba, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo – Departamento de Cultura, em parceria com a Cia Teatro, realiza nos próximos dias: 17/03, às 20h, 18/03, às 14h e 19/03, às 19h, no Teatro Galpão, o projeto Trilogia Abreu, que prevê a circulação dos espetáculos Maria Peregrina, Um Dia Ouvi a Lua e O Coração nas Sombras, escritos por Luís Alberto de Abreu.
O evento é realizado por meio do Proac – Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado e Economia Criativa de São Paulo e com apoio da Prefeitura de Pindamonhangaba.
Sinopses –
Maria Peregrina – Conhecida como Nega do Saco ou Maria do Saco, peregrinou por mais de 20 anos nas ruas de Santana, um dos mais antigos bairros de São José dos Campos e, hoje é considerada Santa Popular.
A partir de pesquisas da companhia, o dramaturgo Luís Alberto de Abreu, escreveu o texto, utilizando-se de fatos e episódios levantados sobre a personagem, transformando o espetáculo em três histórias distintas que narram o universo de Maria Peregrina: uma grande paixão e que termina de forma trágica, um divertido julgamento do caipira Tiodorzinho e o drama de uma mãe que perdeu seu filho e peregrina no Vale do Paraíba para encontrá-lo.
Um Dia Ouvi a Lua – Inspirada nas canções Adeus, Morena, Adeus (Piraci/Luiz Alex) Cabocla Tereza (João Pacífico/Raul Torres) e Rio Pequeno (Tonico/João Merlini), gravadas pela famosa dupla caipira Tonico & Tinoco, a peça revela três diferentes mulheres que invertem os valores machistas das narrativas dessas composições, conhecidas do cancioneiro popular brasileiro, recriando-as do ponto de vista feminino.
O Coração nas Sombras – A peça é inspirada na história real de Letícia Poletti (1908-1939), uma simples dona de casa da década de 30, mãe de três meninas, filha de imigrantes italianos, explorada pelo marido e internada como louca pelo irmão mais velho no Sanatório de Barbacena, conhecido como Holocausto Brasileiro, onde faleceu aos 31 anos.
A encenação utiliza documentos e imagens das personagens envolvidas e dos internos no Hospital Colônia de Barbacena, onde faleceram 60 mil pessoas.
A montagem faz uma relação direta com a sociedade atual e pretende provocar uma reflexão sobre o papel da mulher nas relações sociais, ainda influenciadas pelo patriarcado.