Para garantir exportações e sanidade vegetal, Mapa faz auditoria em São Paulo

Audifito avalia processos de controle da Defesa Agropecuária estadual; visitas a campo acontecem nesta semana nas regionais de Mogi Mirim, Catanduva e Jales

(Foto: Divulgação)

Começou na segunda-feira (20) em Campinas a auditoria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão estadual responsável pelo controle sanitário de vegetais e animais.

A CDA é vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo. O objetivo da auditoria de fitossanidade – Audifito – é verificar a situação atual do Estado em relação ao Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para cancro cítrico.

A equipe de auditores se reuniu em Campinas na manhã de segunda-feira (20) para iniciar os trabalhos.

Marcus Prates, chefe da Divisão de Auditorias dos Programas Oficiais de Controle de Pragas, do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do Mapa, explicou que os fiscais vão verificar o cumprimento da Instrução Normativa nº 21, de abril de 2018, que visa subsidiar o DSV quanto às possíveis causas de interceptação de cargas cítricas oriundas do Estado. Transitam pelo Porto de Santos 58% dos citros exportados pelo Brasil.

“O objetivo de uma auditoria não é avaliar ou julgar o trabalho das pessoas envolvidas, mas a qualidade dos processos e procedimentos realizados, de modo a propiciar melhorias dos controles e do trabalho de modo geral”, disse Prates na reunião de abertura.

Em seguida, os auditores se dividiram em três duplas e viajaram para as regionais de Mogi Mirim, Catanduva e Jales, onde seguem fazendo o trabalho de campo.

Na sexta-feira, dia 24, haverá a reunião de encerramento na sede da CDA em Campinas. O relatório preliminar deve ficar pronto em até 60 dias e a Defesa estadual tem mais 30 dias para apresentar comentários.

Eventual plano de ações corretivas, caso haja necessidade, deve ser apresentado até 22 de junho. O relatório final está previsto para 7 de julho.

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Willian Alves Correa, substituto do coordenador da CDA, acompanhou a abertura em Campinas e colocou toda a estrutura à disposição da auditoria.

O diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal, Alexandre Paloschi apresentou à equipe as principais ações desenvolvidas pela CDA no controle da sanidade vegetal.

Servidores da Superintendência de Agricultura e Pecuária de São Paulo (SFA-SP) também acompanharam a abertura dos trabalhos. O chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DDA-SP), Danilo Kamimura, disse ter observado os investimentos recentes do governo estadual na CDA. “Isso reflete na qualidade do serviço prestado”, afirmou. Segundo ele, a auditoria é uma ação importante para manter todos os elos da cadeia de garantia de qualidade e fitossanidade, inclusive para exportação.

A Audifito deve verificar cerca de 41 itens previstos na análise do Sistema de Mitigação de Risco da IN 21.

A dinâmica parte de uma análise de interceptações de cargas brasileiras ocorridas no exterior e a ferramenta utilizada foi validada por organismos internacionais de sanidade agropecuária.

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