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Violeiros, fuxico e cocada são atrações do Museu Vivo em São José

O paranaense José Gonçalo Francisco e o mineiro José França, são os violeiros convidados para o Museu Vivo deste domingo, no Museu do Folclore. (Foto: Divulgação/PMSJC)

Além de um saber popular, o artesanato também significou uma questão de sobrevivência para a piauiense Almerinda Silva Albuquerque (Meca), 54 anos. Foi a necessidade de sair das ruas, onde chegou a morar por 8 anos, que a fez aprender, por conta própria, costurar e reformar roupas.

Almerinda é a quarta de 14 filhos e lembra que sua mãe fazia a roupa que todos usavam. “Minha mãe também costurava ‘para fora’ e fazia fuxico com os retalhos que sobravam”, lembra Almerinda. Recordações que, com certeza, inspiraram a formação do seu saber.

Hoje, vivendo uma realidade bem diferente do seu passado, Almerinda tem uma máquina de costura, onde faz reformas de roupas, seus artesanatos com fuxico, crochê e retalhos de tecido. Trabalhos que ela também vende para ajudar nas despesas da família.

Almerinda é uma das convidadas do Museu Vivo deste domingo (23), ao lado dos violeiros José França, mineiro de Jesuânia, e do paranaense José Gonçalo Francisco; além da joseense Marlene Azevedo Santos, que fará uma gostosa receita de cocada.

Música

Além da música, os que estes dois têm em comum é o fato deles participarem de Folias de Reis. José França, 74 anos, canta desde os 14 anos em Folia de Reis, Festa de São Gonçalo, e até em ‘recomendação das almas’. Também cantou em programa de rádio e participou de festival de música.

Ficou dois anos sem cantar em razão da morte da esposa e a pouco tempo voltou a fazer dupla com José Gonçalo Francisco (Salico), mestre da Folia de Reis Cia dos Três Reis Estrela do Oriente. Como músico, é um autodidata. “Aprendi a tocar violão e viola sozinho”, conta. Hoje, é professor de viola e tem seu próprio método de ensino.

José Gonçalo, 71 anos, começou a participar de Folia de Reis aos 9 anos, quando foi convidado a ‘fazer’ a voz aguda. Maria Helena, sua mãe, conta que ele saía dia 1º de janeiro e voltava só no dia 6. “Era o grupo que cuidava dele, tinha tios que participavam também e até hoje estão presentes na folia que ele conduz”.

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Culinária

Marlene Azevedo, 43 anos, nasceu em São José dos Campos e aprendeu a fazer os doces com o marido Adauto Lourentino, com quem está casada há 27 anos. “E ele, por sua vez, aprendeu a fazer doces com sua avó, Josefa Teles”, conta Marlene. A convidada já participou de outras edições do Museu Vivo.

Horário e Gestão

O Museu Vivo acontece aos domingos à tarde, das 14h às 17h, na área externa do museu. A atividade é gratuita e aberta ao público, reunindo representantes da cultura popular em diferentes áreas.

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e funciona desde 1997 no Parque da Cidade. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
(12) 3924-7328 e (12) 3924-7354
www.museudofolclore.org

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