A psoríase é uma doença autoimune que afeta cerca de 5 milhões de pessoas no Brasil e 125 milhões em todo o mundo. Apesar de ser uma condição comum, muitos pacientes enfrentam preconceito e falta de informação sobre a doença. O preconceito pode afetar a saúde mental dos pacientes e prejudicar a qualidade de vida.
O preconceito contra a psoríase pode se manifestar de várias formas, desde a discriminação no ambiente de trabalho até a exclusão social. Muitos pacientes relatam que se sentem envergonhados da aparência de sua pele e evitam atividades sociais e relacionamentos íntimos. Além disso, a falta de informação sobre a doença pode levar a equívocos e estereótipos prejudiciais, como a crença de que a psoríase é contagiosa ou que é causada por falta de higiene.
Nesse contexto, é importante que os pacientes com psoríase tenham acesso a informações precisas e confiáveis sobre a doença. Isso pode ajudar a combater o preconceito e a promover uma maior compreensão e aceitação da condição. Além disso, é fundamental que os pacientes busquem apoio emocional e psicológico para lidar com os efeitos negativos do preconceito e da falta de informação.
O que é a Psoríase?
A psoríase é uma doença autoimune, inflamatória e não contagiosa da pele. Ela é caracterizada pela formação de lesões descamativas e avermelhadas, que podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo, região lombar e cicatriz umbilical. Essas lesões podem coçar e, algumas vezes, doer.
A psoríase é causada por uma predisposição genética e fatores de risco ambientais, como infecções, estresse, tabagismo e consumo excessivo de álcool. O processo imunológico também está envolvido na patogênese da doença, com ativação de células T e produção de citocinas pró-inflamatórias.
Os sintomas da psoríase podem variar de pessoa para pessoa e de acordo com o tipo de psoríase. Os tipos mais comuns são a psoríase em placas, que é a apresentação mais comum da doença, e a psoríase do couro cabeludo. Além disso, existem outros tipos menos comuns, como a psoríase gutata, inversa, pustulosa e eritrodérmica.
Embora a psoríase seja uma doença crônica e ainda sem cura, existem tratamentos disponíveis para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento pode incluir medicamentos tópicos, fototerapia, medicamentos sistêmicos e terapias biológicas, dependendo da gravidade e extensão da doença.
Preconceito e Estigma
A psoríase é uma doença autoimune que afeta a pele e pode causar lesões em formato de placas espessas, avermelhadas e escamosas. Apesar de não ser contagiosa, muitas pessoas ainda têm medo de se aproximar de pacientes com psoríase e acabam discriminando-os. Isso se deve em grande parte ao preconceito e estigma associados à doença.
O preconceito é um juízo de valor negativo que as pessoas fazem sobre outras sem conhecê-las. No caso da psoríase, o preconceito é alimentado pela falta de informação sobre a doença e pela crença errônea de que ela é contagiosa. Isso faz com que muitos pacientes sejam isolados socialmente e sofram discriminação.
O estigma, por sua vez, é uma marca negativa que as pessoas associam a outras por causa de uma característica ou condição. No caso da psoríase, o estigma se deve à aparência das lesões na pele, que muitas vezes são visíveis e podem ser confundidas com outras doenças. Isso faz com que muitos pacientes sejam estigmatizados e vistos como diferentes ou inferiores pelos outros.
Para combater o preconceito e estigma associados à psoríase, é importante que haja mais informação e conscientização sobre a doença. A Sociedade Brasileira de Dermatologia tem um papel fundamental nesse sentido, promovendo campanhas de conscientização e divulgando informações precisas sobre a psoríase.
Além disso, é importante que os pacientes com psoríase sejam tratados com respeito e dignidade. Eles não devem ser discriminados ou isolados socialmente por causa da doença. Ao contrário, devem receber apoio e compreensão da sociedade como um todo.
Impacto na Qualidade de Vida
A psoríase é uma doença autoimune que causa lesões na pele e pode afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Além dos sintomas físicos, como coceira, dor e descamação, a psoríase também pode ter um impacto emocional e social significativo.
Muitos pacientes relatam prejuízos físicos, como dificuldades para dormir, realizar atividades cotidianas e realizar exercícios físicos. A doença também pode afetar o relacionamento dos pacientes com amigos e familiares, além de causar problemas no ambiente de trabalho.
Além disso, a psoríase pode afetar os hábitos alimentares dos pacientes, já que muitos evitam certos alimentos por medo de desencadear uma crise. O estresse emocional também pode ser um fator desencadeante da psoríase, o que pode levar a um ciclo vicioso de estresse e sintomas da doença.
Por esses motivos, é importante que os pacientes recebam apoio emocional e tenham acesso a informações precisas sobre a doença e seu tratamento. O tratamento pode ajudar a reduzir os sintomas físicos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Estudos sobre o Impacto da Psoríase na Qualidade de Vida
Um estudo realizado em parceria com a AbbVie entrevistou 113 pacientes com psoríase e descobriu que 63,7% deles relataram prejuízos à qualidade de vida. Além disso, 54,1% dos pacientes relataram ansiedade ou sentimentos depressivos.
Outro estudo realizado identificou os fatores que podem influenciar na qualidade de vida de pacientes com psoríase. O estudo descobriu que a gravidade da doença, a presença de dor e a interferência da doença nas atividades diárias foram os fatores mais significativos que afetaram a qualidade de vida dos pacientes.
Portanto, é importante que os pacientes com psoríase recebam apoio emocional e tenham acesso a informações precisas sobre a doença e seu tratamento para ajudar a melhorar sua qualidade de vida.
Diagnóstico e Tratamento
A psoríase é uma doença crônica que pode ser tratada, mas que ainda não tem cura. O diagnóstico é feito por um dermatologista, que irá avaliar a pele do paciente e, se necessário, realizar uma biópsia para confirmar o diagnóstico. Existem diferentes tipos de psoríase e cada um deles pode ser tratado de forma diferente.
Diagnóstico
O diagnóstico da psoríase é baseado em exame clínico e, em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia da pele. A psoríase pode ser confundida com outras doenças de pele, como dermatite seborreica, eczema ou líquen plano, por isso é importante que seja feito por um dermatologista.
Tratamento Tópico
O tratamento tópico é a primeira opção de tratamento para a psoríase leve ou moderada. Ele inclui cremes, pomadas, loções e xampus que são aplicados diretamente na pele afetada. Os medicamentos mais comuns são corticoides tópicos e análogos da vitamina D. Além disso, banhos de sol também podem ser recomendados como tratamento tópico.
Tratamento Sistêmico
Se a psoríase for grave ou não responder ao tratamento tópico, pode ser necessário usar medicamentos diferenciados, como imunossupressores, biológicos ou retinoides. Esses medicamentos são administrados via oral ou intravenosa e só podem ser prescritos por um dermatologista.
Terapia com Psicólogo
A psoríase pode afetar a autoestima e a qualidade de vida do paciente. Por isso, a terapia com psicólogo pode ser uma opção importante de tratamento para ajudar o paciente a lidar com o estresse e a ansiedade causados pela doença.
Em resumo, o tratamento da psoríase é individualizado e depende da gravidade da doença. O diagnóstico é feito por um dermatologista e inclui tratamentos tópicos, sistêmicos e terapia com psicólogo. É importante que o paciente siga as orientações médicas e realize o tratamento corretamente para controlar os sintomas da doença.
Falta de Informação
A falta de informação é um dos principais fatores que contribuem para o preconceito contra pacientes com psoríase no Brasil. De acordo com pesquisas, a maioria dos brasileiros desconhece a doença e, quando tem alguma informação, muitas vezes é equivocada.
Essa falta de informação é particularmente preocupante em regiões brasileiras com menor densidade de dermatologistas, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento adequado da doença. Além disso, a psoríase é mais comum em pessoas idosas e com ancestralidade europeia, o que pode contribuir para a falta de conhecimento e compreensão da doença por parte da população em geral.
Outro problema relacionado à falta de informação é a crença equivocada de que a psoríase é contagiosa. Essa crença pode levar ao afastamento social dos pacientes e à discriminação em locais públicos, como salões de beleza, cabeleireiros, barbearias e lojas.
No campo profissional, a falta de informação também pode levar a problemas como o medo de perder o emprego por causa da doença e a discriminação no ambiente de trabalho. Alguns pacientes relatam ser alvos de “brincadeiras” por parte de colegas e chefes.
Para combater a falta de informação sobre a psoríase, é importante que haja campanhas de conscientização e educação sobre a doença. Essas campanhas podem incluir informações sobre os sintomas da psoríase, seu diagnóstico e tratamento, bem como esclarecimentos sobre a natureza não contagiosa da doença.
Além disso, é importante que haja uma maior disponibilidade de dermatologistas em todo o país, especialmente em regiões com menor densidade de profissionais. Isso pode ajudar a garantir que os pacientes recebam um diagnóstico e tratamento adequados, reduzindo o impacto negativo da psoríase em suas vidas.
Avanços e Perspectivas
A psoríase é uma doença que afeta a pele e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. O preconceito e a falta de informação sobre a doença podem aumentar o estresse e a ansiedade dos pacientes, agravando os sintomas. No entanto, nos últimos anos, houve avanços significativos na pesquisa e no tratamento da psoríase, trazendo esperança para os pacientes.
Um estudo recente realizado pela Novartis mostrou que a distribuição de medicamentos para a psoríase melhorou significativamente nos últimos anos. O estudo revelou que a maioria dos pacientes com psoríase tem acesso aos medicamentos necessários e que a distribuição desses medicamentos tem melhorado a cada ano.
Além disso, muitos hospitais e clínicas agora têm ambulatórios de psoríase, onde os pacientes podem receber tratamento especializado. Esses ambulatórios são equipados com médicos e enfermeiros treinados para lidar com a doença e oferecem aos pacientes uma abordagem mais personalizada e eficaz.
Em 2019, a Comissão de Assuntos Sociais realizou uma audiência pública sobre a psoríase para discutir o impacto da doença na vida dos pacientes e as medidas necessárias para melhorar o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes. A audiência reuniu pacientes, médicos, pesquisadores e representantes de organizações de pacientes para discutir as perspectivas futuras da pesquisa e do tratamento da psoríase.
No Dia Mundial da Psoríase, muitas organizações de pacientes realizam atividades para aumentar a conscientização sobre a doença e reduzir o estigma e o preconceito associados a ela. Essas atividades incluem campanhas nas redes sociais, eventos comunitários e palestras educativas.
Em resumo, os avanços na pesquisa e no tratamento da psoríase nos últimos anos são promissores e oferecem esperança para os pacientes. No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito para melhorar o acesso ao tratamento e reduzir o preconceito e a falta de informação sobre a doença.