Os africanos voltaram a dominar a 21ª edição da Maratona Internacional do Rio de Janeiro e a Meia Maratona do Rio/Claro, disputadas neste domingo (11/6) e no sábado (10/6).
As duas provas receberam o Selo Ouro e Permits da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e tiveram as belas paisagens da Cidade Maravilhosa como pano de fundo das duas competições.
Na prova masculina, o queniano Josphat Kiprotich bateu o recorde da competição, com 2:13:29. O anterior era do brasileiro Justino Pedro da Silva, com 2:13:31. Justino, bicampeão da competição, não completou os 42,195 km do percurso, que teve largada e chegada no Aterro do Flamengo.
O brasileiro mais bem colocado foi o paulista Altobeli Santos da Silva, que está iniciando sua jornada em maratonas, após uma trajetória de sucesso nas pistas de atletismo, onde foi medalhista de ouro Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 e finalista olímpico nos 3.000 m com obstáculos no Rio-2016. Altobeli terminou na quarta colocação, com 2:19:53.
“A prova foi bem complicada. Esperava um pouquinho mais, mas infelizmente não tive perna para acompanhar os líderes quando eles saíram. Do quilômetro 35 em diante eu já comecei a sentir dor, mas isso faz parte. É minha terceira maratona e acredito que sou muito jovem ainda neste meio, ainda tenho muito para aprender e experiência para ganhar”, comentou Altobeli.
A etíope Zinash Debebe cruzou a linha de chegada com o tempo de 2:36:00, mais de um minuto acima do recorde da prova, estabelecido em 2022 pela sua compatriota Kebebush Yisma Zewode Mariam (2:34:33). A brasileira que terminou na melhor colocação, em teerceiro lugar com 2:46:40, foi Amanda de Oliveira, ex-recordista da Meia Maratona do Rio.
“Nos últimos dois meses eu senti um pouco de medo, de receio, porque hoje foi a minha estreia em maratonas. E a estreia não poderia deixar de ser aqui, porque eu tenho uma relação muito boa com o Rio de Janeiro. A torcida é incrível, a cidade é maravilhosa, ano passado eu fui a campeã da Meia. De todas as provas que já corri no Brasil, nenhuma tem a emoção, a paisagem e a alegria contagiante daqui do Rio”, disse Amanda.
Pódios
Feminino
1-Zinash Debebe (ETH) – 2:36:00
2-Thorothy Kiptanui (KEN) – 2:40:24
3-Amanda Aparecida de Oliveira (BRA) -2:46:40
4-Jéssica Ladeira Soares (BRA) – 2:52:04
5-Solange Maria Mariano (BRA) – 3:12:08
Masculino
1-Josphat Kiprotich (KEN) – 2:13:29
2-Samwel Kiptoo (KEN) – 2:14:15
3-Benson Karameka (UGA) – 2:17:31
4-Altobeli Santos da Silva (BRA) – 2:19:53
5-José Felix Sanches (ARG) – 2:21:55
MEIA – Na Meia Maratona do Rio/Claro, disputada no sábado, o destaque foi a queniana Nelly Jepchumba, que liderou a prova de ponta a ponta e estabeleceu novo recorde da competição, que era de Amanda de Oliveira, com 1:18:29 desde 2019.
Aliás, as cinco primeiras colocadas correram abaixo do recorde. Nelly venceu com 1:11:46, seguida das brasileiras Jenifer Nascimento (1:15:46), Valdilene dos Santos (1:16:39), Larissa Quintão (1:16:40) e Suzane Martins (1:17:18).
“Sabia que a prova seria forte, pela presença das duas quenianas com marcas próximas às do recorde mundial. Seria difícil de acompanhar, principalmente no início. Por isso fiz a prova no meu ritmo e estou muito feliz com o resultado”, comentou a vice-campeã Jenifer.
Nos 21.097 m masculino, Geoffrey Yegon, também do Quênia, foi o vencedor, completando o trajeto que largou no Leblon e chegou ao Aterro do Flamengo em 1:03:26. O recorde da prova é de 1:01:03 do brasileiro Daniel Ferreira do Nascimento, que não concluiu a corrida deste sábado.
O brasileiro mais bem colocado foi Johnatas de Oliveira Cruz, que terminou na 2ª colocação, com 1:03:28, apenas dois segundos após o campeão:
Feminino
Nelly Jepchumba (KEN) – 1:11:46
Jenifer Nascimento (BRA) – 1:15:46
Valdilene dos Santos (BRA) – 1:16:39
Larissa Quintão (BRA) – 1:16:40
Suzane Martins (BRA) – 1:17:18
Masculino
Geoffrey Yegon (KEN) – 1:03:26
Johnatas de Oliveira Cruz (BRA) – 1:03:28
Kenneth Kemboi (KEN) – 1:03:31
Gustavo Barros de Souza (BRA) – 1:05:31
Giovani dos Santos (BRA) – 1:05:34