“No pain, no gain”. O ditado em inglês que prega o esforço para se obter resultados é um mantra para os adeptos de academias. No Ferrô Games, o primeiro campeonato de Cross Training da Ferroviária, acontecido em 10 e 11 de junho, pode-se ver o resultado de quem seguiu a frase à risca, com diversos atletas exibindo impressionante força muscular.
Foi um exemplo relevante de algo que por vezes muitos negligenciam: o importante poder do treinamento. Que, embora evidente na atividade física, também é válido para diversas outras situações.
Porque nem só de músculos vivem os treinamentos. O cérebro também precisa ser exercitado e, para isso, há muitas opções, algumas talvez inesperadas. Pessoas que gostam de poker reportaram aumentos nos níveis de atenção e na rapidez de raciocínio. E os benefícios valem também para quem joga poker online, permitindo o exercício da mente sem precisar sair de casa, ou até mesmo da cadeira.
Senão, vejamos. O poker, atualmente o jogo de cartas mais praticado no mundo, baseia-se em combinações de cartas e nas possibilidades estatísticas de se conseguir aquelas necessárias para obter a melhor mão. Na modalidade atualmente mais escolhida, o Texas Hold´em, porém, há cartas comuns a todos os jogadores. Assim, é possível projetar não apenas o seu jogo, mas também os dos adversários, baseado nas dicas de suas estratégias de apostas. Mas a posição em que se está na mesa também influencia a capacidade de antecipar as jogadas. Sem contar que há o blefe, que de certa forma subverte – com algum risco – a lógica dedutiva.
Apenas com esse parágrafo já é possível perceber o quanto de ginástica o cérebro precisa fazer em uma boa mesa de poker. Mas, assim como seu bíceps, ele requer treinamento – jogar muitas rodadas – para adquirir a lucidez e o raciocínio exigidos para vencer. Como toda prática, as primeiras vezes podem ser desafiadoras. Mas não precisam ser dolorosas. Os melhores portais de poker online oferecem academias de treinamento gratuitas, nas quais o usuário pode jogar de graça até adquirir a confiança para ir a uma mesa ao vivo.
Xeque-mate na preguiça
Outro jogo que é verdadeiro whey para o cérebro é o xadrez. Cada batalha de brancas contra negras equivale a inúmeras repetições em um supino cerebral, na medida em que obriga a ter uma percepção holística do tabuleiro, tentando antecipar todos os movimentos possíveis, e suas consequências. Mais ainda, é preciso incorporar uma estratégia e garantir que ela possa ser adaptada de acordo com as jogadas do adversário. Na analogia da academia, é praticamente fazer um circuito de exercícios com o cérebro. Duele contra um adversário mais capacitado e aumentará a carga dos aparelhos.
Inúmeras pessoas se dedicam a estudar o xadrez, aprendendo aberturas e movimentos realizados por mestres. Mas, com um número de combinações de jogadas quase infinito, a modalidade sempre vai trazer alguma possibilidade de aprendizado.
Um toque moderno na malhação mental
Nem só de jogos clássicos vive o treinamento do cérebro. Já está comprovado que jogos de tabuleiro modernos, como Magic: The Gathering ou Catan também contribuem para turbinar a cabeça. Não por acaso esses dois títulos jovens foram incluídos nos Jogos Olímpicos da Mente, competição que reúne atletas mentais de todo o mundo, e do qual Xadrez e Poker são modalidades residentes. Assim como as Olimpíadas tradicionais fizeram com o skate e o surfe, os Jogos Olímpicos da Mente também querem atrair os mais jovens.
Faça. E depois faça de novo. E de novo
Se alguém puxa ferro todo o dia, eventualmente verá seus músculos ficarem maiores e mais definidos. Cérebro não é músculo. Então, ele não cresce. Mas quem “puxa ferro” mental diariamente vai, sem dúvida, fazer a mente ficar mais poderosa. Assim como qualquer treinamento, a repetição diligente traz resultados, e na cabeça isso significa mais caminhos abertos entre os neurônios, com mais e melhores sinapses. Em resumo, quem exercita o cérebro consegue pensar mais, melhor, e mais rápido. Ainda que no começo seja difícil manter uma disciplina, ao final vale a pena. O mesmo mantra dos crossfiteiros vale para os brainiacs: “No pain, no gain”.