Em menos de 12 horas, o paratleta André Rocha, da equipe paralímpica de Taubaté, teve seu bronze contestado e agora validado no Campeonato Mundial de Paratletismo de Paris, na França.
Depois de ter conquistado a medalha de bronze no Lançamento de Disco na tarde da última terça-feira, dia 11, ficou sem a medalha já que, após a prova, o polonês Piotr Kosewicz, que havia terminado na quarta colocação, entrou com recurso, alegando que o segundo lançamento de André Rocha, que havia atingido 20,34m e garantido a medalha ao brasileiro, foi irregular.
O protesto alegou que André havia levantado o glúteo na execução do movimento, o que é irregular. No entanto, a arbitragem, que avalia o lançador a uma distância muito próxima, havia validado normalmente o movimento.
O júri de apelação do Campeonato Mundial acatou tal reclamação, e também um segundo recurso, que invalidou a segunda melhor marca de André Rocha, que havia sido de 19,17m. Com isso, o taubateano caiu para a 5ª posição final com a marca de 18,55m.
Nesta quarta-feira, dia 12, André foi surpreendido com uma reviravolta no caso da sua prova, e recuperou seu lugar no pódio, recebendo a medalha de bronze.
Na final de ontem, André conquistou pela segunda vez em sua carreira uma medalha em um Campeonato Mundial da modalidade. O paratleta garantiu o bronze com a marca de 20,34m, feita na segunda das seis tentativas a que teve direito.
Retorno ao pódio:
Na manhã desta quarta-feira (tarde em Paris), as discussões e julgamento de outros recursos envolvendo a prova continuaram. Por fim, o então campeão da prova, o indiano Ajitkumar Panchal, foi desclassificado por troca de classe funcional.
O mesmo aconteceu com o croata Velimir Sandor, que tinha ficado na quarta colocação. Com a nova e definitiva configuração do resultado do Lançamento de Disco F52, André Rocha voltou ao pódio com seus 18,55m, ficando com o bronze.
A prata foi para o polonês Piotr Kosewicz com 19,87m. O ouro ficou com Aigars Apinis, da Letônia, com 20,46m.