O trabalho de investigação baseado em exames de DNA em São Paulo ganha reforço com as novas instalações do Núcleo de Biologia e Bioquímica da Polícia Técnico-Científica. A unidade ampliada e modernizada foi entregue pelo governador Tarcísio de Freitas nesta quarta-feira (19), em cerimônia na capital. O núcleo é considerado o maior laboratório criminal de genética do país e recebeu R$ 6,2 milhões em investimentos.
“A resolução de crimes é fundamental. Aí entra todo o trabalho da Polícia Técnico-Científica, que vai ajudar na construção de evidências e constituição de provas irrefutáveis para que a gente possa levar a julgamento os criminosos que devem à sociedade e entregar ao cidadão a sensação de que a justiça foi feita”, afirmou o governador.
“Com investimento em tecnologia e equipamentos, reconstituição dos efetivos e valorização das pessoas, eu tenho certeza que nós vamos prestar um excelente serviço à sociedade. O melhor nós temos, que são os nossos profissionais de segurança”, reforçou Tarcísio.
A entrega das novas instalações contou com a participação dos secretários estaduais Guilherme Derrite (Segurança Pública) e coronel PM Helena Reis (Esportes) e do superintendente da Polícia Técnico-Científica, Claudinei Salomão, além de outras autoridades policiais civis e militares, médicos-legistas, peritos e técnicos das forças estaduais de segurança pública.
Comandado pela perita Ana Cláudia Pacheco, o laboratório é responsável por analisar provas e realizar exames de DNA para investigação criminal em São Paulo. Ao todo, 34 profissionais atuam no Núcleo de Biologia e Bioquímica. No primeiro semestre de 2023, a unidade recebeu 1,7 mil requisições de exames periciais, com média entre 250 e 350 testes por mês.
“O investimento é no ser humano, que é o que temos de melhor nas polícias, em tecnologia e recuperar o efetivo. Nós temos 189 médicos-legistas neste concurso em andamento, 116 já autorizados e quase 200 peritos para o próximo concurso. Tenho certeza que essa capilaridade vai aumentar demais e ajudar na resolução de crimes em São Paulo”, disse o secretário Derrite.
O Governo de São Paulo investiu na modernização do núcleo para adequar os espaços físicos e melhorar o fluxo técnico obrigatório das análises, que antes eram feitas em salas diferentes.
Com as novas instalações, a unidade ganha em área para a instalação de novos equipamentos, postos de trabalho e aumenta a capacidade e eficiência de processamento das requisições de exames periciais, que cresce ano a ano.
A unidade existe desde a criação da Polícia Técnico-Científica, em 1998, e é a única que realiza exames de DNA em vestígios criminais. O local abriga o Banco de Perfis Genéticos do Estado de São Paulo.
Durante as obras, as atividades foram realocadas para outros espaços no prédio da Superintendência da Polícia Técnico-Científica. O custo operacional para a operação do Núcleo de Biologia e Bioquímica pode chegar a R$ 3 milhões por ano, sem considerar aquisições de equipamentos.