A produção brasileira de avocado, uma variedade do abacate, passa por uma inspeção internacional no Estado de São Paulo.
De 10 a 14 de julho, técnicos do Chile estiveram em São Gotardo (MG) e depois passaram pelos municípios paulistas de Santa Adélia, Itápolis e Bauru.
A finalidade é avaliar e definir os procedimentos a serem empregados para atendimento aos requisitos fitossanitários estabelecidos pelos países.
De acordo com o Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (Sisv-SP), a missão chilena analisou o sistema de certificação e de produção do avocado para abrir mercado.
Os chilenos também avaliaram o sistema de certificação e produção da lima ácida tahiti, cujo mercado já está aberto ao Chile, porém, a visita técnica não havia ocorrido em função da pandemia de coronavírus.
O trabalho da missão do Chile foi acompanhado por auditores fiscais da Superintendência de Agricultura e Pecuária no Estado de São Paulo (SFA-SP) e de Minas Gerais (SFA-MG), da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
De 31 de julho a 4 de agosto, será a vez da missão japonesa verificar também o sistema de certificação do avocado.
Nesta fase de abertura de mercado, o país importador avalia pragas existentes no Brasil e que são de interesse quarentenário para os importadores.
De acordo com o Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (DSV) do Mapa, juntos, os dois países (importador e exportador) definem a maneira de garantir o envio de vegetais livres das pragas definidas. Apesar de o fruto ser o mesmo, no caso, o avocado, cada país avalia pragas diferentes previamente definidas.
A missão do Japão passará por São Gotardo, Guarulhos, Bernardino de Campos e Bauru. “São missões parecidas, sendo diferentes as pragas avaliadas e o roteiro, pois os auditores japoneses não vão verificar citrus”, explicou Carolina Reis, chefe do Sisv-SP.
No ano passado, o Estado de São Paulo exportou 5,4 mil toneladas de abacates, totalizando US$ 8,7 milhões. No primeiro semestre deste ano, o Brasil exportou US$ 30 milhões, que correspondem a quase 20 mil toneladas de abacates, de acordo com a Abrafrutas.
O crescimento, em peso, foi 175% maior em relação ao primeiro semestre do ano passado. A associação informa que a maioria dessas exportações é de avocado.
ANÁLISE
A missão chilena avaliou desde as condições de plantio, os controles realizados pelos produtores e seus responsáveis técnicos, os tratos culturais, a qualidade dos frutos, além da presença ou ausência das doenças de interesse.
Os técnicos também observaram como eles executam o preparo e envio dos frutos para as unidades de consolidação, que são locais destinados ao processamento ou armazenamento de produtos extraídos das unidades de produção. Essas UCs são chamadas de packing houses e foram visitadas pela missão.