Não poderia sair de Chengdu (China) sem acompanhar a natação. Afinal, em todo meu percurso desde o Rio de Janeiro até aqui estive ao lado de atletas desta modalidade e notei como eram unidos.
Em São Paulo, ainda no hotel, eles estavam sempre juntos e torcendo pelos seus companheiros que disputavam o Mundial de Esportes Aquáticos, em Fukuoka (Japão).
Assim que chegaram à Vila dos Atletas, já partiram para a piscina para realizarem o primeiro treino. Foi desta forma, unido, que o Brasil conquistou a medalha de bronze no revezamento 4×100 metros estilo livre misto no Dong’an Lake Sports Park Aquatics Centre. A China levou o ouro e a Itália conquistou a medalha de prata. O quarteto brasileiro entrou na piscina com Luanna Nunes, Fernanda Celidônio, Vinicius Assunção e Breno Correia.
Para Luanna Nunes, o trabalho em conjunto deu resultado: “Nós somos muito unidos. Parecemos estar muito felizes, mas com muita vontade de cair na água e fazer o nosso melhor. Acreditamos na medalha, mas precisávamos fazer para ver o que ia acontecer. Independente de a medalha ser de bronze, foi como se fosse de ouro. A união faz a força”.
Tanta união fez com que os atletas conseguissem, inclusive, alcançar seus melhores tempos em toda a carreira durante esta prova, como disse Fernanda Celidônio: “A medalha era nossa meta desde o primeiro dia. Foi a primeira vez que eu nadei para 55 segundos na minha vida, foi a primeira vez que a Luanna nadou para 55 baixo na vida dela. Foi um revezamento muito forte, com resultados expressivos para nós quatro”.
O Brasil levou outra medalha de bronze neste sábado com Lucas Peixoto nos 100 metros livre, com um tempo de 49s34. O ouro ficou para o polonês Kamil Sieradzki e a prata para o italiano Giovanni Carraro.
* Maurício Costa viajou como integrante da delegação da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). A entidade convidou a EBC para participar da cobertura durante os 17 dias de competição em Chengdu.