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Viviane Lyra fica na quarta colocação nos 35 km marcha com recorde brasileiro

A carioca, que perdeu muito tempo de treinamento e algumas competições por causa de uma hepatite, mostrou-se muito feliz com o resultado no Campeonato Mundial de Atletismo de Budapeste: "Tem gosto de medalha"

(Foto: Divulgação/CBAt)

Depois de terminar em oitavo lugar nos 20 km, com direito a índice para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, Viviane Lyra voltou a brilhar nos 35 km marcha atlética do Campeonato Mundial de Atletismo de Budapeste, na Hungria, nesta quinta-feira (24/8).

Ela cruzou a linha de chegada, na Praça dos Heróis, na quarta colocação, com 2:44.40, novo recorde brasileiro.

“Este quarto lugar tem gosto de medalha”, comemorou logo após a prova, bastante emocionada. “Preciso agradecer a muita gente e a Deus acima de tudo. Vim de uma doença, de uma hepatite. Fiquei fora do Troféu Brasil e do Campeonato Sul-Americano, mas me recuperei. Consegui esse grande resultado”, prosseguiu a atleta, que era recordista brasileira da prova, com 2:45:02

Motivada, ela pretende trabalhar com mais empenho ainda, visando a temporada do ano que vem. “Brasil, vamos adiante. Temos muito trabalho pela frente. Se Deus quiser com saúde, com uma preparação sem os problemas deste ano”, disse a carioca Viviane, de 30 anos, que defende o Praia Clube/Exército/Futel, de Uberlândia (MG).

Outras duas brasileiras participaram da prova: Elianay Pereira, que ficou em 36º lugar, com 3:16:11, e Érica Sena, que abandonou a competição no quilômetro 16. “Não consegui me recuperar dos 20 km. As provas foram muito próximas”, afirmou Érica.

Depois de vencer os 20 km no domingo (20/8), a espanhola Maria Pérez ganhou também os 35 km, com novo recorde do Campeonato Mundial: 2:38:40. A peruana Kimberly García conquistou a medalha de prata, com 2:40:52, seguida da grega Antigoni Ntrismpioti, com 2:43:22.

Na prova masculina, Caio Bonfim, único representante brasileiro, terminou em 10º lugar, com 2:27:45. O atleta brasiliense, que conquistou a medalha de bronze nos 20 km no sábado (19/8), disse estar feliz com a sua atuação no Mundial de Budapeste. “Foi um grande dia. Pude estar entre os melhores e ficar em 10º do mundo. Estou muito orgulhoso”, comentou. “Fiz uma boa marca.”

Caio esteve no pelotão de frente da prova até o quilômetro 20, mas acabou não acompanhando o ritmo da competição.

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“Os caras conseguiram ser melhores. Muita gente boa. Prova forte, com nível altíssimo. No final não tive velocidade para ser mais competitivo”, disse. “Acho que não recuperei fisiologicamente apenas cinco dias depois de ganhar minha medalha e de melhorar o meu recorde brasileiro. Entreguei tudo. Estou realmente orgulhoso, mas a gente quer sempre mais.”

Assim como Maria Pérez no feminino, o espanhol Álvaro Martín conquistou a sua segunda medalha de ouro na competição.

Ele bateu o recorde dos 35 km de seu país, com 2:24:30. O equatoriano Brian Daniel Pintado, campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, ficou com a prata, com 2:24:34, recorde sul-americano, e o japonês Masatora Kawano levou o bronze, com 2:25:12.

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