Operação Escudo completa 30 dias de combate ao crime organizado

Polícia prendeu líderes de facção criminosa e apreendeu 900 kg de entorpecentes

(Foto: Divulgação/PM/SSP)

A Operação Escudo da Secretaria de Segurança Pública completa neste sábado (26) 30 dias na Baixada Santista, com números que mostram o impacto da ação no tráfico de drogas e no crime organizado, que tem grande presença na região.

Em 30 dias foram presas pelas forças de segurança 634 pessoas. Destas, 240 eram foragidas da Justiça pelos mais diversos crimes, desde falta de pagamento de pensão até roubo à mão armada, sequestro e homicídio.

Entre os presos em flagrante e os que eram procurados estão criminosos com várias passagens policiais, líderes de facção e traficantes.

Confira algumas das principais prisões feitas pelas forças de segurança em 30 dias:

28 de julho a 2 de agosto
A Polícia identifica e prende todos os envolvidos na morte do soldado Reis. No primeiro dia de Operação um dos que participaram morreu ao entrar em confronto com a polícia. Ele era um dos líderes de uma facção e acumulava várias passagens criminais

2 de agosto
Policiais do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) prendem um integrante de uma facção criminosa na Rodovia dos Imigrantes, no bairro Vila da Saúde, na zona sul. O homem tinha passagens por tráfico, roubo, receptação, resistência e desacato. Condenado a 12 anos de prisão, estava foragido desde março, quando recebeu o benefício da saída temporária e não retornou mais ao sistema prisional.

7 de agosto
PMs que faziam patrulhamento pela Operação Escudo fazem abordagem de rotina a um homem e, ao consultar sua identidade, descobrem que havia um mandado contra ele por homicídio. O homem foi preso.

11 de agosto
PM Ambiental prende dois homens por tráfico de drogas no bairro Paecará, no Guarujá. Ainda foram apreendidas 50 porções de drogas, entre crack e maconha, e dinheiro do tráfico

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13 de agosto
Policiais do 5º Batalhão de Ações Especiais (Baep) prendem “Patinho”, integrante de uma facção criminosa procurado por homicídio no bairro Paecará, no Guarujá. Também foram apreendidas uma pistola calibre 9 mm, 21 munições e três carregadores.

18 de agosto
Polícia prende suspeito conhecido como “Jeffinho”. Em um vídeo que viralizou na internet em junho, ele aparece exibindo um fuzil em plena luz do dia, junto com outros comparsas armados, na Vila Baiana, em Guarujá. Ele tem passagens por homicídio de um policial, porte ilegal de arma, tráfico de drogas, receptação e desobediência, e estava foragido desde 2021, quando deixou a prisão em saída temporária

23 de agosto
“Vitinho” é preso por policiais civis em uma casa de alto padrão no Guarujá, após ser localizado por investigadores. Ele também aparece no vídeo gravado na Vila Baiana com uma pistola pelas ruas. A ação contou com apoio das equipes da DISE e do GOE. Ele tem passagem por roubo e estava foragido depois de não retornar da saída temporária.

Além das prisões em flagrante e de foragidos da Justiça, as forças de segurança que atuam na Operação Escudo apreenderam 84 armas ilegais e 905 kg de entorpecentes, causando um prejuízo ao tráfico de drogas que já passa de R$ 2 milhões.

Impacto Litoral e Escudo
Com o reforço de cerca de 600 homens de todos os batalhões do Estado, a operação teve início em 28 de julho, um dia após o soldado Reis ser morto por criminosos durante incursão a uma comunidade. Ele e seu colega, que também foi baleado, faziam patrulhamento pela operação Impacto Litoral, desencadeada em junho para combater os altos índices de criminalidade e a forte incidência do tráfico de drogas naquela região.

Logo nos primeiros dias de operação, as forças de segurança conseguiram identificar e prender todos os envolvidos na morte do policial, apesar da forte reação dos criminosos.

Mesmo após a prisão dos envolvidos, a operação seguiu com o objetivo de sufocar o tráfico, e a reação dos criminosos continuou intensa. Em um mesmo dia 2 PMs foram baleados à luz do dia em uma comunidade em Santos.

No dia 15 de agosto um agente da Polícia Federal levou um tiro na cabeça durante o cumprimento de uma operação daquele órgão. Ainda foram registrados outros ataques a equipes da PM, sem que nenhum agente tenha ficado ferido.

Durante os 30 dias de operação e as centenas de prisões, em 22 abordagens os suspeitos reagiram, entraram em confronto com os policiais e acabaram morrendo. Todos estes casos são investigados pela Deic de Santos, com apoio de equipes do DHPP.

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