Aplicativo da Embrapa vai facilitar o trabalho de produtores orgânicos

Tecnologias, publicações técnicas e listas de insumos permitidos serão algumas das funcionalidades; ferramenta foi apresentada sexta (15) à SFA-SP

(Foto: Divulgação)

Pesquisadores da Embrapa Territorial (Campinas-SP) apresentaram sexta-feira (15) ao superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em São Paulo, Guilherme Campos, os resultados do projeto Pró-Orgânico, desenvolvido desde 2020 por centros de pesquisa da Embrapa e parceiros.

Um aplicativo desenvolvido durante o projeto está em teste e deve ser disponibilizado no próximo ano para uso público. A expectativa é que a ferramenta facilite o trabalho de produtores orgânicos brasileiros.

A Embrapa é uma empresa vinculada ao Mapa e a Superintendência de Agricultura e Pecuária no Estado de São Paulo (SFA-SP) é uma das parceiras do projeto. Guilherme Campos tem visitado diversas instalações do Mapa no Estado, construindo redes de apoio a pedido do ministro Carlos Fávaro.

A pesquisadora Gisele Freitas Vilela contou a história do projeto que culminou com o aplicativo. A demanda surgiu de uma consulta feita a stakeholders e os diversos parceiros envolvidos contribuíram com a criação da tecnologia.

O Mapa apoiou com recursos humanos na confecção do aplicativo e, na reta final, ajudou na validação da ferramenta com produtores de Ribeirão Preto e do sul de Minas Gerais.

De acordo com Gisele, a concepção do aplicativo levou em consideração uma linguagem acessível e funcionalidades amigáveis para que o uso seja facilitado. Nesta fase final, os produtores estão testando e preenchendo formulários que vão ajudar na gestão das propriedades.

Virginia Germani, chefe do Núcleo de Suporte à Produção Orgânica do Mapa em São Paulo (Nusorg-SP), disse que a ferramenta foi pensada para apoiar os produtores, o próprio Mapa, as certificadoras e outros sistemas participativos de controle que garantem a qualidade orgânica dos produtos.

Entre outras funcionalidades, o aplicativo terá uma Organoteca, espécie de biblioteca interativa com tecnologias e publicações técnicas lançadas pela Embrapa e por parceiros. O aplicativo também conta com uma lista com insumos permitidos no cultivo orgânico, uma demanda muito comum dos produtores.

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A ferramenta foi concebida para que o preenchimento solicite informações obrigatórias que o agricultor orgânico precisa repassar ao Mapa, facilitando o envio. O aplicativo deve facilitar o acesso a dados para geração de painéis que apresentem a distribuição dos produtores orgânicos e as culturas produzidas em cada região.

Como a equipe já está trabalhando em outra proposta para obter financiamento e dar continuidade ao trabalho, Guilherme sugeriu o contato com instituições que podem ajudar, como o Sebrae, o Ibama, a Associação Paulista de Municípios (APM) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), entre outras.

Ele também colocou a SFA-SP à disposição da Embrapa. “Se o produtor conseguir perceber as vantagens que essa ferramenta traz para sua rotina, não tenho dúvidas que será um sucesso. Mais um grande benefício que a Embrapa oferece à sociedade”, afirmou.

INICIATIVAS

Ao chegar na Embrapa Territorial, o superintendente foi recebido pelo chefe geral Gustavo Spadotti Castro, pelo chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, José Gilberto Jardine, e pelo chefe-adjunto de Administração, Luís Gonzaga Alves de Souza.

Eles trataram de agendas comuns, como o levantamento que o centro de pesquisa está produzindo sobre áreas de pastagens e níveis de degradação.

A intenção do Mapa é estimular a conversão desses campos em agricultura ou promover sua recuperação. “O ministro Fávaro está muito empenhado em relação a essa política pública”, lembrou Guilherme.

Gustavo anunciou também que a Embrapa Territorial vai acompanhar, por meio de monitoramento por imagens, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 3, a exemplo do que foi feito no PAC 1 e PAC 2.

Na visita, o superintendente também conversou com a chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, Lucíola Alves Magalhães; com os pesquisadores Juan de Souza e Cristina Criscuolo, e com o analista Rafael Mingoti.

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