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Brasil fecha melhor Pan da história com 205 medalhas

País quebrou todos os recordes e terminou a competição em Santiago com 66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes, em segundo lugar no quadro geral de medalhas

Atletas brasileiros participam da cerimônia de encerramento do Pan de Santiago: todas as metas estabelecidas pelo COB foram cumpridas. (Foto: Wander Roberto/COB)

“Sensação de dever cumprido” é como o Comitê Olímpico do Brasil (COB) define Santiago 2023. O desempenho do Brasil nos Jogos Pan-Americanos do Chile foi histórico. Nossos atletas conquistaram o recorde de medalhas com 205 pódios.

Foram 66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes. Do total, 184 medalhas foram conquistadas ou tiveram a participação de pelo menos um bolsista do Programa Bolsa Atleta do Governo Federal. Ou seja, 89,75% das medalhas do Brasil em Santiago têm a “digital” do programa.

A delegação brasileira atingiu seu objetivo ao superar – e muito – os números de Lima 2019, em total de medalhas (169) e de ouros (54), além de repetir a segunda colocação no quadro geral de medalhas e ainda conseguir um grande número de vagas olímpicas. No total foram 140 vagas conquistadas direto para os Jogos de Paris 2024, incluindo esportes como o tênis de mesa, boxe e vela.

Outro marco histórico foi que pela primeira vez em Jogos Pan-Americanos as mulheres brasileiras superaram os homens no desempenho. Elas conquistaram 33 ouros, 32 pratas e 30 bronzes, um total de 95 medalhas, 3 a mais que os homens brasileiros, que ficaram com 30 ouros, 33 pratas e 29 bronzes. Em disputas mistas, o Brasil conquistou 3 ouros, 8 pratas e 7 bronzes, totalizando 18.

Em evento onde foi realizado um balanço da campanha em Santiago 2023, na Casa Brasil, Rogério Sampaio, diretor-geral do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e chefe de Missão do Brasil para o Pan, falou sobre o desempenho do país.

“Temos que comemorar sobretudo ter alcançado nosso principal objetivo, o resultado esportivo de ultrapassar 200 medalhas. É a realização de um sonho. Foi um grande feito superar o resultado de Lima. Sabíamos da dificuldade que seria ultrapassar aquelas medalhas, mas conseguimos. Vibrei com a conquista de cada um dos atletas, me emocionei com muitas delas”, disse.

Rogério também destacou as características do sucesso brasileiro. “Acho que o resultado, mais do que números, aponta para um futuro muito promissor.

Em várias modalidades a gente vê atletas jovens sendo protagonistas, entendendo que hoje o atleta tem uma carreira longa, longeva, a gente fica imaginando o que o futuro nos aguarda”, completou.

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Vagas olímpicas
Sobre as vagas olímpicas conquistadas, Sebastian Pereira, gerente executivo de alto rendimento, aproveitou para destacar o trabalho do Ministério do Esporte e a importância do Bolsa Atleta. “A gente sai daqui com a sensação dever cumprido.

São 140 vagas diretas para os Jogos Olímpicos conquistadas, totalizando 143 atletas já classificados para Paris, que era o nosso objetivo. Esse resultado é a parte visível de um processo de preparação que acontece no Brasil com a junção de todos os atores que são extremamente importantes, incluindo o papel do Ministério do Esporte com o Bolsa Atleta, com o COB, clubes, federações e confederações.

O Bolsa Atleta é tão fundamental que um dos pilares de sucesso no esporte, dentro de vários estudos que são elaborados, é justamente a tranquilidade financeira, onde entra o Bolsa para dar tranquilidade a quase todos os nossos esportistas que estão aqui no Pan e como eles valorizam esse suporte”, afirmou Sebastian.

A delegação brasileira em Santiago foi a maior da história do país em competições internacionais, com 635 atletas, sendo 469 (73,8%) beneficiários do Programa Bolsa Atleta do Governo Federal. O investimento previsto para 2023 nesses atletas é de R$ 20,69 milhões.

A ginástica foi a que mais levou bolsistas a ganharem medalhas. Juntas, as modalidades artística, rítmica e de trampolim conseguiram 31 pódios, para o Brasil. Dos 37 atletas que subiram ao pódio, 36 são bolsistas, ou seja, 97,29% dos ginastas recebem o programa para auxílio na sua formação.

Cerimônia de encerramento
A cerimônia de encerramento do Pan foi realizada no estádio Bicentenário, em La Florida. O evento contou com apresentações culturais, desfile das delegações, premiações, discursos de agradecimento de autoridades locais, do Comitê Olímpico Internacional, da PanAm Sports, além do apagamento da pira pan-americana.

A ginasta Nicole Pircio foi a porta-bandeira da delegação brasileira ao lado do mesa-tenista Hugo Calderano. Nicole ganhou ouro na ginástica rítmica no conjunto, na final de 5 arcos e série mista (maças e fitas). Calderano ganhou dois ouros, sendo tricampeão no individual e por equipe masculina, e prata na dupla masculina.

“É muito gratificante poder representar o Brasil e fazer parte da ginástica, que é o esporte onde nos dedicamos diariamente. Estamos colhendo os frutos de muito trabalho. É muito bom ser escolhida como porta-bandeira e poder representar todos os esportes, me sinto muito honrada, feliz e grata”, declarou Nicole.

A cerimônia contou também com referências à cidade colombiana de Barranquilla, próxima sede da competição. O anúncio foi feito no último dia 26 pelo presidente da Panam Sports, Neven Illic, responsável pela organização dos Jogos Pan-Americanos. A próxima edição do Pan será em 2027.

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