Escrever uma redação em inglês a partir de um tema predefinido foi o desafio lançado pelo Harvard Book Prize Brasil 2023 aos estudantes de escolas públicas e privadas. Ester Yumi Nakamura, de 17 anos, aluna da segunda série do Ensino Médio integrado ao Técnico em Design de Interiores, da Escola Técnica Estadual (Etec) Carlos de Campos, na capital, conquistou o primeiro lugar entre os participantes de escolas públicas, com um texto em que narra acontecimentos marcantes de sua vida: a perda do pai e a descoberta da leitura ainda na infância, hábito que nunca mais abandonou.
“Os alunos tinham a oportunidade, oferecida apenas às escolas públicas, de escrever em português, mas para um prêmio de uma universidade americana isso não faria sentido”, explica Orlando Campos, professor de inglês que organizou o concurso na unidade, onde já leciona há 28 anos. Na primeira edição do prêmio, em 2022, Tais Giaretta, também estudante da Etec Carlos de Campos, obteve o segundo lugar.
Estudantes promissores
Depois da inscrição, em maio, Orlando assumiu a orientação dos alunos de forma que seus textos estivessem alinhados com as exigências do concurso: ser claros, originais e coerentes com um dos três temas propostos. A assessoria de um professor é permitida e incentivada pela organização do prêmio.
O Harvard Book Prize foi criado por ex-alunos voluntários da Universidade de Harvard, com a intenção de prescrutar estudantes, em várias partes do mundo, com potencial para estudar no exterior – em Harvard ou em outra instituição.
“Sempre pensei em estudar fora, mas só depois de fazer uma faculdade no Brasil”, conta Ester, que receberá um certificado e terá sua redação impressa no chamado livro prêmio, junto aos textos dos vencedores de outros países.