Em menos de uma semana, o Velódromo do Rio de Janeiro será palco da mais importante competição de paraciclismo do planeta. Reunindo 287 atletas oriundos de 39 países, o Campeonato Mundial de Paraciclismo de Pista 2024 tem número recorde de participantes. O torneio é também a última oportunidade de classificação para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Esta é a segunda vez que o Brasil recebe a disputa. Em 2018, o Mundial de Paraciclismo de Pista foi um dos primeiros a ser realizado no legado olímpico da Rio 2016. Como país-sede, o Brasil terá 21 atletas distribuídos entre as classes participantes, que se dividem em dois tipos: C1 a C5, para atletas amputados e com deficiências físico-motoras, e Tandem, que reúne competidores com deficiência visual. O evento conta ainda com a participação de 183 oficiais de equipes, 90 voluntários e 57 oficiais da União Ciclística Internacional (UCI) e do comitê organizador.
O torneio fará com que o Velódromo do Rio, sede da Rio 2016 e do Mundial de 2018, volte a receber as principais estrelas do paraciclismo mundial. Ele conta com uma pista de 250 metros feita de pinheiros siberianos, inclinada a 12 graus no ponto mais raso e a 42 no mais íngreme. Na edição de 2018, a pista ficou marcada por várias quebras de recordes mundiais e entrou para a lista dos velódromos mais rápidos do mundo.
Esta será a 14ª edição do evento no atual formato, que começou a ser disputado bianualmente sob a regência da UCI em 2007 e tornou-se anual em 2014. De 1994 a 2006, houve uma edição a cada quatro anos e, até 2007, também estavam incluídas as disputas de estrada no mesmo programa de competição. Grã Bretanha, Holanda, Austrália e China são potências da modalidade no cenário internacional. O Brasil vem conquistando seu espaço e tem dois títulos mundiais com Soelito Gohr (2009 em Aguascalientes) e Lauro Chaman (2018 no Rio de Janeiro). Chaman também conquistou duas medalhas, uma de prata e uma de bronze, nos Jogos Paralímpicos do Rio em 2016.
O Campeonato Mundial de Paraciclismo de Pista 2024 é organizado pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), sob a supervisão da União Ciclística Internacional (UCI). Além disso, conta com o patrocínio da TBA Sports Management, apoio da Shimano, Santini, do Governo Federal por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro (FECIERJ).