A prefeitura de Pindamonhangaba anunciou a integração de seu aparato tecnológico de segurança pública junto ao programa Muralha Paulista, lançado recentemente pelo Governo do Estado de São Paulo e dá mais um importante passo no uso da tecnologia para o combate à criminalidade.
Com a adesão do município, as câmeras de monitoramento do Centro de Segurança Integrada (CSI) estão integradas no fluxo de dado em tempo real do sistema nacional de inteligência com as bases Prodesp, Detecta e Cortex. O objetivo é aprimorar o combate à criminalidade e reduzir os índices de ocorrências.
O Vale do Paraíba vem sendo prioridade na gestão do governador Tarcísio de Freitas na implantação do programa apontado como a principal ferramenta para reduzir a violência na região, que desde 2010, tem a maior taxa de vítimas de homicídio do estado.
O sistema integrado de fluxo de dados permite trabalhar com inteligência da informação utilizando câmeras de monitoramento privada ou pública, como um sensor que gera informação. O programa Muralha Paulista utiliza das informações geradas pelas câmeras e após organizá-las em um ambiente de nuvem, por meio de Inteligência Artificial, o Estado usa esses dados para prever comportamentos criminosos e determinadas ameaças.
“Com a adesão de Pindamonhangaba ao Muralha Paulista, um carro roubado em Porto Seguro (BA), por exemplo, é imediatamente identificado quando passar pelo cinturão de câmeras em nossa cidade. Atualmente esse cinturão de segurança abrange todos os pontos estratégicos, entradas e saídas e principais rotas de passagem”, afirmou o secretário de Segurança Fabrício Pereira.
Para ampliar esse “cinturão eletrônico de monitoramento”, o Governo do Estado pretende implantar em breve 108 pontos de monitoramento em 17 municípios do Vale do Paraíba, num plano que prevê integração das forças de segurança trazendo maior rapidez e fluidez no atendimento das ocorrências.
Segundo o secretário adjunto da pasta, José França Vidal, o sistema permite acesso instantâneo a registros criminais, ocorrências de pessoas desaparecidas, emissão de alertas de leituras de placas, análise de crimes recorrentes e veículos suspeitos. Outro benefício é o acesso ao banco de dados nacional Base Cortex, ao Sistema Detecta e também à base de dados de entregradores I-food.
“Para o nosso Centro de Segurança Integrada (CSI) essa tecnologia será fundamental para que nossa GCM, PM e Civil possam aprimorar a sua atuação que tem como objetivo principal restringir a mobilidade criminosa e, com isso, prevenir e controlar a criminalidade”, afirmou França.
Treinamento
Para melhor utilização do sistema, foi realizada uma capacitação ministrada pelo engenheiro e coordenador adjunto do Grupo de Tecnologia da Informação (GTI-SSP), Carlos Henrique A.Taparelli. O coordenador apresentou as principais ferramentas do sistema e como elas podem ajudar a combater a criminalidade na região.
Ele destacou ainda a importância dos GCMs terem acesso ao sistema. “O agente vai ter em mãos, por meio do aplicativo no celular, as informações em tempo real, sem a necessidade de contato via rádio para confirmar, por exemplo, se um veículo tem alguma queixa, agilizando a ocorrência”, explicou Taparelli.