Parte da comitiva de Taubaté que viajou no dia 10 para prestar ajuda à cidade gaúcha de Canoas, está voltando. Eles saíram da cidade às 22h de domingo. Assim como os demais voluntários e equipe da Defesa Civil, os veterinários levaram esperança, trabalharam muito no cuidado com os pets, salvaram 60 somente num só dia. Mas, não vieram para Taubaté de mãos vazias: adotaram três cães. No total, eles acreditaram que foram mais de três mil pets que receberam a ajuda dos taubateanos.
Os veterinários Sérgio Martins (Guria), Natália Pena Santiago (Canoas) e Israel Mazoni (Pio) adotaram os três cães, cujos nomes estão entre parênteses. Serginho, como é conhecido o agora dono do Guria, disse que “a sensação de ajudar é ótima, mas a dimensão do problema é tão grande que as vezes nos sentimentos impotentes”.
A veterinária Júlia Martins disse que a experiência que teve em Canoas “é única, só quem está lá tem noção da tragédia. Os veterinários conseguiram salvar muitos animais graças à equipe do Corpo de Bombeiros e dos voluntários do grupo Suçuarana. “Os militares foram essenciais para nossa segurança, infelizmente lá estava tendo muito roubo de fiação do bairro.”
Os 20 taubateanos devem chegar à cidade nesta segunda-feira, dia 13, depois das 19 horas. Não está descartada a ida a Canoas de nova turma de Taubaté, provavelmente na quarta-feira, dia 15.
APOIO MILITAR
Os veterinários destacam a participação dos militares, que foram essenciais para conseguir sair com o barco. Um deles, o Adson Canto Davi da cidade de Imbituba, Estado de Santa Catarina, disse que a missão de sua equipe ficou cinco dias em Canoas que “marcarão nossas vidas”. O militar disse que existe a possibilidade dos militares de Imbituba retornarem devido à chuva que vai causar mais estragos na cidade de Canoas.
Adson Davi disse que a equipe salvou a vida de 34 pessoas e mais de 60 animais, “sendo que somente com a ajuda dos veterinários a embarcação foi possível, pois os animais, além de estarem em áreas de alagamento, se encontravam nadando sobre galhos e em cima de telhados das residências, alguns foram sedados devido a estarem com medo”.