A Prefeitura de São José dos Campos investe na alfabetização para auxiliar as escolas e garantir que o processo ocorra na idade adequada, seguindo as iniciativas do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) em 2023.
Buscando resultados cada vez melhores, a Secretaria de Educação e Cidadania implementou estratégias e ferramentas inovadoras, com destaque para formações específicas aos educadores do ciclo de alfabetização.
Mais de 200 professores da Educação Infantil participam do programa Leei (Leitura e Escrita na Educação Infantil), que busca a capacitação dos educadores para que possam desenvolver, com qualidade, o trabalho de oralidade, leitura e escrita, em creches e pré-escolas.
O material didático oferece apoio teórico para que apliquem atividades educativas capazes de ampliar as experiências das crianças com a linguagem, respeitando as especificidades da primeira infância. Ler e escrever integram o cotidiano e sustentam interações e brincadeiras nesta fase da vida.
Desde 2021, a rede de ensino municipal planeja e executa o processo de alfabetização a partir da Educação Infantil, com a meta de alfabetizar 100% dos alunos até o final do 2º ano.
“Estou gostando muito do curso, está colaborando com a minha função e oportunizo propostas ainda mais potentes com as crianças.
Alfabetizar na idade certa é ter a certeza que Educação Infantil é ponte para o Ensino Fundamental, valorizando os estudantes em sua integralidade”, diz a professora Roberta Maria Silvino, da Emei Proª. Idelena Menezes Trefílio de Carvalho.
O município também atua em parceria com o programa Alfabetiza Juntos SP, lançado em 2024 pelo governador Tarcísio de Freitas e o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder, com a aplicação das avaliações de Fluência Leitora.
Entre maio e dezembro deste ano, os professores de Ensino Fundamental responsáveis pelas turmas de 1º e 2º ano recebem um curso para aprimoramento enquanto docente alfabetizador.
Os encontros ocorrerem durante o Horário de Trabalho Coletivo (HTC), proporcionando espaço para reflexões, leituras, estudos, análises, pesquisas e compartilhamento de boas práticas em sala de aula.
Segundo a professora Sandra Lúcia da Silva, da Emefi Profª Ana Berling Macedo, a troca de experiências entre os educadores é muito rica. “A formação é excelente, superou todas as minhas expectativas. Cada professor lida com desafios diferentes no dia a dia, aqui podemos descobrir novas soluções com os exemplos dos colegas”, afirmou.
Estações de Leitura
Os conteúdos das formações geram resultados nas escolas, com projetos transformadores que fomentam a leitura e compreensão de textos.
Na Emefi Profº Felício Savastano, localizada no bairro Monte Castelo (região central) os alunos estão aproveitando um espaço repleto de conhecimento e diversão: as Estações de Leitura, que os levam em viagens por histórias e universos em um ambiente lúdico e interativo.
A novidade foi apresentada para os alunos e toda a comunidade escolar na última quinta-feira (6), com um teatro organizado pelos professores e equipe gestora.
Além dos livros, no espaço os estudantes encontram cenários e fantasias para estimular a leitura de diversos gêneros textuais. Seguindo a analogia de um trem, cada estação foi pensada para uma faixa etária diferente, incentivando todas as idades e despertando a paixão pela literatura.
Os leitores mirins se encantaram com as possibilidades do local. “A sala é muito legal, me sinto livre para imaginar e criar o que quiser nela”, disse Gabriel Roos Araújo da Silva, de 7 anos.
As famílias também aprovam a ação. “Eu achei uma proposta ótima para influenciar e motivar a leitura nessa geração. O acesso à cultura e informação é importantíssimo”, afirmou Angélica Costa, mãe de dois alunos da escola, Lucas e Henrique.
“Estou adorando ler junto com meus amigos”, destacou o filho Henrique Costa.
Aos 8 anos, Maria Clara Massafera está animada para aprender ainda mais e afirma que “são tantos livros que nem sei por onde começar! Com certeza todos eles vão me ensinar bastante coisa nova”.
“A escola está de parabéns! Pensaram com carinho nas crianças que já sabem ler e naquelas que ainda estão aprendendo”, comenta Maria de Souza Massafera, mãe de Maria Clara.