O governo federal inaugurou, nesta sexta-feira, 5 de julho, as novas instalações do edifício acadêmico e administrativo da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios (Eppen) do Campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ao todo, foram investidos R$ 102 milhões para a obra. A cerimônia foi realizada no Campus Osasco, em São Paulo (SP), com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana; e da reitora da Unifesp, Raiane Assumpção.
“Depois de muita luta e 14 anos de espera, estamos presenciando a inauguração oficial do campus”, disse Jamily Fernandes Assis, aluna de direito da Universidade. “Esse espaço foi aguardado ansiosamente por toda a comunidade acadêmica e esperamos que ele possa servir como um local de inclusão, diversidade e aprendizagem, onde todos possam se sentir pertencentes.”
De acordo com o Presidente da República, as instituições federais são essenciais para um Brasil melhor. “A criação de campi, universidades e institutos é fundamental para mudar a realidade do País. Somente por meio dos investimentos na educação o Brasil pode se desenvolver e se transformar em um exportador de inteligência. Queremos uma nação em que todos têm as mesmas oportunidades de aprender e conquistar um futuro melhor”, declarou.
Já Santana explicou que a inauguração da nova estrutura vai ao encontro do compromisso do MEC de consolidar a educação brasileira. Segundo ele, “é uma determinação do nosso governo terminar todas as obras da educação pública que estavam inacabadas neste País, porque um país que não investe em educação está fadado ao insucesso. O que está em jogo é o futuro e formação dos brasileiros e, por isso, também estamos felizes em informar que o local em que ficava a Unifesp vai virar o novo Instituto Federal de Osasco”.
A reitora da Unifesp comemorou a conclusão da obra e o seu papel para a população local: “Nos últimos anos, passamos por momentos difíceis até chegar aqui. Enfrentamos a pandemia, forte restrição orçamentária e o desprestígio da educação em todos os seus níveis. Por isso, estamos muito felizes de estar aqui, inaugurando esse campus, que é fruto de muita luta e resiliência da nossa comunidade acadêmica.”
A nova estrutura tem 22 mil metros quadrados, nos quais serão ministrados seis cursos: Administração, Ciências Atuariais, Direito, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas e Relações Internacionais, além do chamado “Eixo Comum”, com disciplinas voltadas a todos os cursos. O prédio atenderá 1,4 mil alunos, 55 técnicos e 150 docentes. A nova instalação é composta por salas de aulas, auditórios, restaurante universitário, laboratórios, entre outras estruturas acadêmicas e estudantis.
O prédio já está pronto, com parte da mudança finalizada. A administração do Campus começará a funcionar na próxima segunda-feira, 8 de julho, e o início das aulas está previsto para a primeira semana de agosto.
Obra – Em 2023, o Ministro Camilo Santana visitou a obra do novo Campus, que recebeu R$ 6 milhões de recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) no mesmo ano. A construção do Campus Osasco teve início no segundo semestre de 2016 e, no período da obra, passou por diversas dificuldades, como redução de orçamento de investimento das universidades em governos passados. Isso fez com que o ritmo da obra fosse drasticamente diminuído.
É uma determinação do nosso governo terminar todas as obras da educação pública que estavam inacabadas neste País. Também estamos felizes em informar que o local em que ficava a Unifesp vai virar o novo Instituto Federal de Osasco.” Camilo Santana, Ministro da Educação
Unifesp – A obra do Campus Osasco faz parte de uma série de investimentos para a consolidação da Unifesp. Só na instituição, serão investidos R$ 143,6 milhões, por meio do Novo PAC. Além das novas instalações do Campus Osasco, o montante inclui investimentos para implantar o Campus Zona Leste da Unifesp, o Hospital Universitário na Zona Sul de São Paulo, o Complexo Esportivo para o curso de Educação Física no Campus Baixada Santista — anunciados pelo governo federal em 29 de junho — e outras obras.
Expansão e consolidação – No estado de São Paulo, o governo federal está investindo R$ 939 milhões, via Novo PAC, para consolidação e expansão das instituições de ensino federais presentes em 40 municípios do estado. Para as universidades federais, serão destinados R$ 497,9 milhões e, para os institutos federais, serão repassados R$ 441,2 milhões. Os recursos contemplam a construção de novos hospitais universitários, novos campi de universidades e institutos federais, bem como a consolidação das instituições federais existentes.
Expansão e consolidação nacional
Universidades federais e hospitais universitários – No dia 10 de junho, o governo federal anunciou o investimento de R$ 5,5 bilhões para a consolidação e expansão das universidades e dos hospitais universitários federais. O investimento é parte do Novo PAC e será dirigido à criação de dez novos campi universitários, espalhados pelas cinco regiões do País, e a melhorias na infraestrutura de todas as 69 universidades federais. Além disso, será repassado R$ 1,75 bilhão para realização de obras em 31 hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), sendo oito novos.
Institutos federais – Com objetivo de ampliar a oferta de vagas na educação profissional e tecnológica, o governo federal está criando oportunidades para jovens e adultos, especialmente para os mais vulneráveis. Nesse sentido, anunciou em março a criação de 100 novos campi dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. A iniciativa contempla todas as unidades da Federação, gerando 140 mil novas vagas, majoritariamente em cursos técnicos integrados ao ensino médio. Serão investidos R$ 2,5 bilhões na construção dos novos campi e R$ 1,4 bilhão na consolidação dos institutos federais existentes, com foco na construção de restaurantes estudantis, bibliotecas e ampliação de salas de aula.