A Seleção Brasileira Feminina dispõe de um recurso tecnológico que vem ajudando bastante o técnico Arthur Elias nessa fase de preparação para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris.
Trata-se da tela tática. A novidade despertou o interesse das atletas e é parte importante nos treinos da equipe em Teresópolis (RJ).
A ferramenta fica à beira do campo. A tela recebe imagens de uma câmera fixa e de outra, afixada num drone, e pode ser consultada a todo instante. É um feedback ao vivo do que se passa nos treinos.
“A principal vantagem de dar esse feedback ao vivo é que a gente consegue qualificar a sessão de treinos. Não tem que aguardar, por exemplo, o encerramento do período para avaliar as imagens e num próximo momento buscar a evolução.
Dentro da própria sessão a gente consegue isso, melhorando o desempenho das atletas ao longo desse processo”, explica Cristian Javier Ramirez Lizana.
Cristian trabalha com esse recurso em parceria com André Batista e Bruno Faust – os três analistas de desempenho a serviço da Seleção Brasileira Feminina em Teresópolis. A tela tática já é usada por clubes da Europa, como a Roma, por exemplo, e também do Brasil, no caso do Athletico-PR.
“As imagens captadas por drone são utilizadas posteriormente. As que vêm da câmera fixa, manipulada pelo André, são transmitidas diretamente para a tela tática. Por meio de um software, o André consegue fazer a separação de vídeos que estão voltados para o objetivo específico do treino em andamento, que ilustrem bem a ideia que a comissão técnica quer passar para as atletas”, contou Bruno Faust.
O equipamento em uso na Granja Comary permite que o treinador, seus auxiliares ou mesmo as atletas façam desenhos em cima dos vídeos a fim de discutir alguma situação de jogo, como o posicionamento em campo, por exemplo. As câmeras captam a sessão completa de cada treino, desde o aquecimento até o complemento final.
“O trabalho com tela tática é uma novidade que veio para o futebol para ficar. Nos dá um retorno muito rápido do que se trabalha no treino. Ajuda as atletas a absorverem informações, no momento em que acontece uma situação específica. Ganhamos tempo com esse feedback visual, que nos permite fazer correções naquele exato momento, tirando algumas dúvidas, facilitando demais nosso trabalho”, disse Arthur.