Marinha do Brasil participa da 5ª Conferência Nacional de CTI

O evento, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem como objetivo construir a nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Presidente da República com a proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial – Imagem: Ricardo Stuckert / PR

A Marinha do Brasil, representada pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), teve uma participação ativa na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI), realizada entre 30 de julho e 1º de agosto no espaço Brasil 21, em Brasília (DF).

O evento, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem como objetivo construir a nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será implementada até 2034, e definir ações para os próximos anos com a contribuição de governo, cientistas, entidades e representantes da sociedade civil.No discurso de abertura, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou o papel da ciência para o desenvolvimento do País. “Hoje é um dia histórico para o Brasil. Um dia marcante para a sociedade.

O Brasil precisa aprender a voar sozinho”. O Presidente Lula se referiu à proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, feita pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e entregue a ele durante o evento. O plano apresenta cinco eixos que vão orientar as políticas públicas para a área.

A Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou a importância da 5ª CNCTI e o esforço que vem sendo feito para a valorização dos cientistas brasileiros.

“Hoje estamos vivendo um marco para a ciência brasileira. Esse processo é fundamental para acertar as políticas públicas. Os pesquisadores são pessoas que dedicam suas vidas a desvendar os mistérios do mundo, criam novas maneiras de enfrentar problemas e utilizam a ciência para melhorar a vida das pessoas”, ressaltou a Ministra. Durante a conferência, a DGDNTM participou no “Eixo III – Defesa e Segurança: ameaças e oportunidades, cerceamento tecnológico, tecnologias críticas e alianças estratégicas para pesquisa e inovação”.

O painel foi coordenado pelo Diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Defesa (MD), Major-Brigadeiro Luciano Valentim Rechiuti, e contou com a participação de especialistas do MD, da FINEP, do Comando de Defesa Cibernética do Exército, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da Força Aérea Brasileira e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.

O Assessor de Ciência, Tecnologia e Inovação da DGDNTM, Vice-Almirante Alfredo Martins Muradas, destacou a importância da cooperação e inovação no setor de defesa: “A Marinha está comprometida em avançar no desenvolvimento tecnológico e em estabelecer alianças estratégicas que fortaleçam nossa capacidade. A integração entre Forças Armadas e o setor civil é fundamental para superar desafios e explorar novas oportunidades”.O Almirante Muradas enfatizou, ainda, que a Marinha vem se empenhando em trocar experiências com diferentes atores para atender às demandas da Força Naval e contribuir para o progresso científico e tecnológico do País.

Assessor de Ciência, Tecnologia e Inovação da DGDNTM durante apresentação – Imagem: 3SG-ET Coronha

O Coordenador do Comitê de Ciência, Tecnologia e Inovação da AMAZUL, Capitão de Mar e Guerra Leonam dos Santos Guimarães, foi um dos palestrantes na temática “Estratégia brasileira para o Setor Nuclear”, que contou com a participação de membros da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, da Comissão Nacional de Energia Nuclear e da Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares ressaltando a importância do setor nuclear para o desenvolvimento nacional.

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“A energia nuclear está em plena retomada mundial, afastando-se de seus usos bélicos e dos grandes acidentes do passado. Hoje, é crucial para reduzir o aquecimento global e aumentar a segurança energética. No Brasil, estamos preparados para liderar projetos como Angra 3, o Reator Multipropósito Brasileiro e o PROSUB. Nosso foco está em desenvolver tecnologia, garantir a segurança e formar especialistas. Com isso, consolidaremos nossa posição no mercado internacional e asseguraremos uma fonte de energia limpa e segura para o futuro”, disse o Comandante Leonam.

O assessor da Diretoria de Inovação da FINEP, Ronaldo Gomes Carmona, conta que sua Instituição, como Agência Brasileira de Inovação e gestora do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, tem realizado investimentos recordes na área de Defesa.

A 5ª CNCTI, que é resultado de um processo de construção coletiva iniciado em 2023, com mais de 200 conferências preparatórias em todo o País, trouxe inovações como as conferências livres, permitindo que qualquer cidadão ou instituição pudesse participar ativamente.

A participação da DGDNTM na 5ª CNCTI reforça o compromisso da Marinha do Brasil em contribuir para o preparo e a aplicação do Poder Naval em atividades relacionadas à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), ao Programa Nuclear da Marinha (PNM) e ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), na busca pelo desenvolvimento dos diversos setores, proporcionando autossuficiência, inovação tecnológica e o crescimento econômico sustentável.

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