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Exército forma primeira oficial combatente em Curso de Operações na Selva

A Segundo-Tenente Bruna Plentz, do Quadro de Material Bélico, é a primeira oficial combatente do Exército Brasileiro a concluir o Curso de Operações na Selva

A Segundo-Tenente Bruna Plentz. (Foto: CMN)

A Segundo-Tenente Bruna Plentz, do Quadro de Material Bélico, é a primeira oficial combatente do Exército Brasileiro a concluir o Curso de Operações na Selva.

O curso é ministrado pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), com a duração de três meses. As instruções são divididas em três fases: Vida na Selva, Técnicas Especiais e Operações na Selva. Da turma de 101 alunos que iniciaram o curso, apenas 66 conseguiram concluí-lo com sucesso. Entre eles, a Tenente Plentz foi a única mulher.

A preparação da militar para o curso durou 11 meses e incluiu treinamentos físicos, focados, principalmente, na natação e flutuação. “Tive acompanhamento de um militar formado na Escola de Educação Física do Exército, que foi fundamental para a minha evolução e conclusão do curso. Com isso, eu treinava seis vezes na semana, conciliando treinos de corrida, neuromuscular e natação. Na fase final de treinamento, também fazia uma modalidade de luta”, contou Plentz.

A participação no Exercício CORE 23, realizado na Amazônia Oriental no segundo semestre de 2023, foi o que motivou a Tenente a se inscrever para o curso. “Ao participar de missões externas como as de apoio direto, como a Operação CORE 23, tive a oportunidade de travar contato com muitos guerreiros de selva, e de vê-los operando de forma diferenciada. Isso me motivou a correr atrás desse objetivo”, explicou.

Formada na Academia Militar das Agulhas Negras em 2022, a Tenente atua diariamente no ambiente de selva desde que classificada para sua primeira e atual organização militar, o 8º Batalhão de Manutenção de Selva, em Belém. Com os conhecimentos adquiridos no curso, ela acredita estar mais preparada para as missões na Amazônia Oriental. “O Curso de Operações na Selva aumentou significativamente meu repertório de conhecimentos neste ambiente operacional. Agora, transmitirei esses conhecimentos aos verdadeiros guerreiros de selva que atuam na Amazônia: os Soldados. Espero que minha expertise traga contribuições positivas ao meu Batalhão e que eu possa ajudar ainda mais no meu trabalho aqui na selva”, afirmou a oficial.

Ela também acredita que sua trajetória pode inspirar outras mulheres. Para ela, a conquista representa “uma grande responsabilidade em honrar o nome e a mística do Curso de Operações na Selva. Como uma das poucas mulheres formadas até agora, sei que carrego a representatividade e devo demonstrar os atributos do Guerreiro de Selva, além de aplicar tudo o que aprendi durante esses três meses”.

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