Alison dos Santos (Pinheiros-SP), o Piu, está classificado para a final dos 400 metros com barreiras dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, na sexta-feira (9/8), às 16h45 (de Brasília).
Medalhista de bronze em Tóquio-2020 e campeão mundial em Eugene-2022, Piu passou com a 4ª melhor marca da semifinal (47.95).
A classificação, contudo, foi tensa. Por ter sido o 3º na sua série eliminatória, Alison entrou na semi na mesma bateria que o recordista mundial Karsten Warholm.
O norueguês venceu com a melhor marca da etapa, 47.76. Mas a surpresa foi o francês Clement Ducos na segunda colocação, com 47.85. Piu, que foi novamente terceiro, precisou ficar esperando as outras duas baterias para saber se estaria novamente em uma final olímpica.
“Eu poderia ter evitado esse momento, mas não aconteceu. Como a gente trabalha com o corpo, tem que estar pronto para lidar com isso. Eu estou pronto, preparado para correr. É manter a cabeça no lugar”, disse o brasileiro, que falou sobre a apreensão da espera pela classificação.
“Antes de eu correr, tudo estava no meu controle. A partir do momento em que eu cruzei a linha, eu só tinha que esperar, não poderia mudar nada. Essa foi a preocupação. Mas, na final, vou chegar ciente de que me preparei, para não deixar a pressão influenciar. É cabeça, não é só corpo”, disse Alison na zona mista, ao dar entrevista para o SporTV.
O Brasil também teve a participação de Matheus Lima (Pinheiros-SP), de 21 anos. Em sua estreia olímpica, correu a semifinal.
Em sua bateria, a última das três, terminou em 4º, com o tempo de 49.08. “Sei que posso entregar mais, correr na casa dos 47 segundos, mas hoje não saiu. Sem dúvida, dei o meu melhor, que não foi o suficiente para ir para a final. Mas saio com a cabeça erguida, e vou voltar mais forte, podem anotar.”
Almir Cunha dos Santos (Sogipa-RS) está na final do salto triplo, que também será na sexta-feira, a partir das 15h13. O brasileiro foi o quinto melhor classificação, 17,06 m (0.1), e ficou muito perto da marca de corte (17,10 m).
“Fiquei a pouco centímetros da marca direta e isso tira um peso das costas, porque a gente sabe que a classificatória olímpica não é qualquer coisa. Vim muito focado para isso.
Estava tranquilo, trabalhei muito para esse momento, e cheguei completamente diferente da última Olimpíada”, disse Almir, que treina com o português José Uva e fez uma mudança no seu salto, invertendo a ordem das pernas. “Foi muito difícil, mentalmente, se colocar em um papel de aprendiz e reaprender a saltar. Mas eu estava visando à frente. Agora é fácil dizer que o trabalho valeu a pena.”
Renan Gallina (AA Maringá-PR) disputou a semifinal dos 200 metros, mas não avançou à final. Ele foi o 6º da série, com a marca de 20.60 (-0.6). Nos 110 metros com barreiras, Rafael Pereira (AABLU-SC) e Eduardo de Deus (Praia Clube- Exército-Futel-MG) também pararam na semi. Rafael foi o 8º da série, com 13.87 (-0.1), e Eduardo, o 6º, com 13.44 (0.6).