CPS celebra Dia Nacional da Educação Profissional e Tecnológica

Para comemorar a data, professores da instituição falam sobre as vantagens do ensino oferecido pelas Etecs e Fatecs, além dos desafios trazidos pelas novas gerações

(Foto: Divulgação)

Conhecidas por oferecer um ensino gratuito de excelência, as Escolas Técnicas (Etecs) e as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais do Centro Paula Souza (CPS) são uma atração para as novas gerações que apresentam um novo perfil: querem reinventar a forma de viver, consumir e se relacionar com os outros.

Para os jovens da atualidade, os estudos e as carreiras devem oferecer flexibilidade. Nesta segunda-feira (23), a comemoração do Dia Nacional da Educação Profissional e Tecnológica ganha novos contornos ao coincidir, sobretudo, com a chegada da geração Alfa aos bancos escolares.

Bancos escolares, aliás, já podem ser considerados coisa do passado para essa turma. “Gerações mais conectadas, independentes e impacientes exigem que a educação esteja em constante atualização, tanto em relação aos conteúdos quanto às metodologias”, avalia Luis Eduardo Fernandes Gonzalez, especialista em desenho curricular dos cursos técnicos do CPS.

Um passo em direção a esse futuro foi dado em 2021, quando o CPS iniciou a implantação de salas de integração criativa com espaços maker nas Etecs e Fatecs. Já se iniciava, ali, uma mudança de paradigma.

Layout inovador

“As salas maker são um exemplo de como os espaços de aula deveriam ser adaptados para que essa nova realidade seja possível”, diz Gonzalez.

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“Sair de um layout tradicional para outro que permita maior interação e aplicação de metodologias dinâmicas é essencial para que esse jovem possa se conectar com o ensino, principalmente quando falamos de Educação Profissional e Tecnológica”, pondera.

Docentes do CPS sempre estiveram atentos às novas necessidades que se apresentam. “Na educação, nos deparamos com o eterno desafio de estar preparados para receber os novos alunos”, lembra Caio Flávio Stettiner, coordenador de curso na Fatec Sebrae, da Capital. “O professor não pode ser um ‘professauro’”, comenta, em tom de brincadeira.

“Não posso falar durante quatro horas enquanto exibo um powerpoint. E o estudante não precisa entregar um trabalho em papel, ele pode gravar um vídeo de TikTok”, acredita.

Com uma boa formação, a alta empregabilidade é o que espera os egressos. Há muito trabalho dos docentes envolvido. “As novas gerações aprendem melhor quando veem sentido no que estão estudando e buscam por resultados concretos”, considera o professor.

Formação

Estar alinhado com o que acontece no mercado de trabalho é outro diferencial do CPS. Segundo Stettiner, quando surge uma nova atividade no mercado, em no máximo três anos, as Etecs e Fatecs já passam a oferecer um curso de formação na nova área.

“O CPS se adapta e capacita seus professores. Assim, conseguimos atender à demanda de setores econômicos da sociedade que precisam rapidamente de técnicos ou tecnólogos. Nossos egressos são funcionários que demandam muito pouco treinamento”.

Ronaldo Garcia Almeida, diretor da Etec Dr. Luiz César Couto, unidade agrícola localizada em Quatá, e membro do Comitê dos Diretores do CPS, tem a mesma percepção de seus colegas.

“Notamos que o Ensino Técnico vem sendo um atrativo para as novas gerações, pois possibilita formação profissional, com possível prosseguimento aos estudos no Ensino Superior, quando o aluno estiver apenas com 17 anos”.

Trabalhando ao longo do ano com empresas parceiras, Almeida conhece bem a avaliação dos empresários. “Nossos alunos desempenham suas funções com excelência”, diz. “Ao ingressar numa universidade, demonstram alto nível de habilidades, principalmente nas aulas práticas”.

Desafios

O especialista em currículos do CPS lembra que os desafios estão em “oferecer itinerários formativos flexíveis, que permitam aos alunos escolher áreas ou atribuições de maior afinidade e interesse, tornando o aprendizado mais significativo”.

Já Eliandro Rezende da Silva, coordenador de estágio da Etec Pedro Ferreira Lopes, de Mogi Mirim, ressalta a importância de atender a essa geração que não se prende ao ensino tradicional.

“As metodologias ativas – abordagens diferentes para atingir habilidades e competências necessárias à construção do conhecimento – já são empregadas nas Etecs e vão ao encontro das necessidades dessa nova geração. Cabe ao professor aferir o grau de maturidade do grupo para saber qual metodologia usar”.

Outro ponto em comum à avaliação dos professores: a necessidade de desenvolver as chamadas soft skills, como saber se relacionar em grupo e trabalhar com pessoas diferentes.

”Precisamos capturar a atenção desses alunos por meio de trabalhos práticos em que eles não sejam coadjuvantes, mas atores ativos no processo de aprendizagem”, assegura Stettiner. O professor conclui: o ensino ‘papagaio”, baseado na repetição, acabou. Professores e alunos estão se atualizando, a sociedade e o mundo estão se transformando. Afinal, a escola é viva”.

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