Com a proposta de levar a música clássica a lugares e públicos com acesso cultural reduzido, tornando esse gênero constituído de teatro e música mais próximo e conhecido, o Ópera na Escola completa 11 anos de existência em 2024.
No dia 10 de agosto abriu a sua 11ª edição em Pindamonhangaba com a apresentação da adaptação da famosa obra do compositor italiano Giovanni Battista Pergolesi, “La Serva Padrona”, que aqui será “A Criada Patroa”.
Serão 16 apresentações gratuitas da obra ao longo dos meses de agosto e setembro, abertas aos alunos, familiares e público das comunidades do entorno das 16 escolas públicas das cidades de Pindamonhangaba, São José dos Campos e Araçariguama.
Com duração de aproximadamente 50 minutos, dois cantores estão nos papéis de Serpina e Uberto, e ainda um ator mudo que interpreta o criado Vespone, a peça remete aos personagens da commedia dell’arte e nos assuntos típicos da época; a avareza da burguesia versus a esperteza do povo.
No elenco, a cantora Isabella Luchi assume o papel de Serpina, o cantor Márcio Marangon, o de Uberto, e o ator Rodrigo Manzelli, o do personagem Vespone. A direção geral é assinada por Livia Sabag e Cléia Mangueira, e a direção musical, por Fábio Bezuti.
Os espetáculos ocorrem nos finais de semana, aos sábados e domingos, mas o projeto propõe além disso, prevê continuidade ao tema, podendo ser adotado conforme o interesse de cada escola, por meio de um programa educacional para ser desenvolvido em sala de aula antes ou depois das apresentações.
As apresentações são seguidas de conversa com o público. O projeto possibilita a abertura de horizontes, impactando positivamente na perspectiva profissional dos jovens, que muitas vezes não sabem como ter acesso a opções menos divulgadas, sobretudo desse gênero que funde música, canto, interpretação e os caminhos que podem ser trilhados nas profissões relacionadas às artes da cena.
“Nesses 11 anos de atividade contínua do Ópera na Escola, promovendo o acesso a apresentações artísticas de qualidade, valorizando o pensar e o fazer, percebemos que estamos em consonância com estudos que apontam projetos musicais como agentes de novas perspectivas de vida e de esperança para os jovens”, destaca Cléia Mangueira, diretora e produtora do projeto.