Quem visita o Porto, a Norte de Portugal, sabe que um dos pontos de referência e de maior densidade turística é a famosa Ribeira do Porto. Durante todo o ano, mesmo nos meses mais frios, aquele sempre renascido local abraçado pelo Rio Douro é de paragem obrigatória, visitado durante todo o ano por largos milhares de turistas. A Ribeira, parte do Centro Histórico do Porto e Património Mundial da UNESCO, tornou-se no maior ícone da Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto.
Provenientes dos quatro continentes, os turistas, com predominância de europeus (maioritariamente espanhóis, ingleses e alemães), mas também asiáticos e uma imensidão de brasileiros, garantem o desenvolvimento da economia local e do país, tendo-se vindo a registar um acréscimo de dormidas, na ordem dos 7,5 milhões à data atual só na cidade do Porto. Este é um fenómeno crescente e sustentado não só pela qualidade das unidades hoteleiras e pela excelente gastronomia, mas também porque os locais turísticos tornaram-se apetecíveis aos olhos de quem nos visita.
Só para falar na zona da Ribeira e na sua envolvência, a Casa do Infante, na Rua da Alfândega Velha, a própria alfândega, ou a majestosa igreja gótica de São Francisco, cuja construção data ao século XIV, são locais de paragem obrigatória. Dizem os visitantes que ficam fascinados com o Porto antigo, mas convenhamos, não é por acaso que a restauração esfrega as mãos de contente. Os prazeres da boa mesa, especialmente o bom peixe do Atlântico que fica ali tão perto, é mesmo para deixar água na boca. E a bela sardinha? Agora é que ela está boa!
E quem já ouviu falar da francesinha? Pois, é um facto que as calorias são mais que muitas – assim a modos que um belo rodízio brasileiro -, mas que é uma delícia… lá isso é. Basicamente trata-se de uma sanduíche constituída por linguiça, salsicha fresca, fiambre e carne de vaca coberta com queijo e guarnecida com um molho à base de cerveja, tomate e piri-piri, para lá de outros temperos líquidos como o vinho do Porto e até de whisky. Cada casa tem o seu segredo e guardam-no religiosamente, pelo que há locais referenciados nos roteiros turísticos – se bem que seja sempre subjetivo – para apreciar a deliciosa iguaria originária da cidade do Porto.
Aí está um pouco de história deste pedaço encantador de Portugal, até porque isto não é só futebol e fado. Mas também é. A propósito, fez ontem 25 anos sobre a morte da fadista Amália Rodrigues, a maior das embaixadoras do fado e que fazia chorar as violas e guitarras. Um dia destes vou falar sobre o tema. E divirtam-se, porque o samba e o forró sempre ajudam a apagar tristezas!
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